O potencial brasileiro na produção de hidrogênio verde está no estudo “Green Hydrogen Opportunity in Brazil” (“Oportunidade de hidrogênio verde no Brasil”), divulgado nesta sexta-feira (20) pela consultoria alemã Roland Berger. Segundo a pesquisa, se o mundo cumprir os compromissos estabelecidos no Acordo de Paris – com objetivo de reduzir as emissões de gases de efeito estufa e minimizar os impactos do aquecimento global – a maior parte da energia consumida no planeta virá do hidrogênio verde. Essa demanda pressionará para um mercado mundial estimado em mais de US$ 1 trilhão.
O hidrogênio verde é produzido sem a emissão de carbono e utiliza energias renováveis (hídrica, eólica, solar e biomassa). É o único com produção sustentável e livre de carbono e é apontado como elemento chave para tornar possível a descarbonização da Terra, umas das metas fixadas pelos países de todo o mundo até 2050.
O estudo da Roland Berger prevê a oportunidade de o hidrogênio verde representar investimentos diretos no Brasil da ordem de R$ 600 bilhões nos próximos 25 anos.
Segundo a pesquisa, redução do custo da eletricidade para produzir hidrogênio verde no Brasil pode ser alcançada por meio de:
- uso de eletricidade renovável (eólica, solar, hídrica e biomassa) excedente, utilizando o excedente atual de produção renovável a custos de geração muito mais baixos;
- os custos de transmissão e distribuição de eletricidade utilizadas para a produção de hidrogênio verde deverão ser reduzidos;
- é preciso que sejam aprovadas isenções governamentais e encargos setoriais aplicados na conta de eletricidade.
Leia também:
Receba notícias e newsletters do Curto News no WhatsApp e Telegram.