Empoderadas: 4 empresárias dão dicas de empreendedorismo para mulheres

Para agitar e trazer boas vibrações para o mês da mulher, a gente separou quatro conselhos de empresárias empoderadas para outras mulheres que querem desbravar o empreendedorismo! Segue o 🧵...

Elas podem ser consideradas empreendedoras de sucesso: cada uma desbravou uma área do conhecimento que costuma ser dominada por homens, e enfrentou a “dor e delícia” de ser mulher nessa jornada.

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E para inspirar você, jovem empreendedora que sonha em brilhar no mundo dos negócios, seguem os conselhos de cada uma delas:

Laís Fonseca é CEO e fundadora da tech health, QBem especializada em inteligência de dados para o setor de saúde.

Graduada em Administração e Políticas Públicas com MBA pelo MIT Sloan (2019), a empresária tem passagens em cargos de gestão na esfera governamental, e consultoria em grandes empresas, tem especialização em transformação digital para a jornada do paciente. Fundou a Precavida.

“Acredito que empreender é resolver problemas e criar soluções que impactam diretamente outras empresas e pessoas no cotidiano. Empreender, na minha visão, consiste em montar um bom time, já que os investimentos são atraídos por meio de um bom time. Diferente da maioria dos homens, as mulheres precisam se esforçar mais para conseguir um posto de destaque dentro das empresas, e que no setor que atuo, a saúde, existe muito espaço ainda para mulheres conquistarem. Nas empresas de saúde, observo um gap cultural e histórico: têm muitas mulheres na linha de frente e algumas na média gerência, mas, a maioria das diretorias médicas, são compostas de homens. É importante reconhecer a importância de incluir mulheres na liderança, porque são homens que na maior parte das vezes ainda abrem os caminhos para as mulheres da média gerência alcançarem postos de liderança empreendedora feminina. Então, os executivos precisam ter essa consciência e promover essa ação de equidade”.

Laís Fonseca

Sandra Nalli (42), CEO e fundadora da Escola do Mecânico, edtech de impacto social que forma mecânicos e mecânicas. Criou um app gratuito que conecta alunos com o mercado

A Escola do Mecânico tem 10 redes próprias e 26 franquias em Goiás, Minas Gerai, Paraná, Pernambuco, Rio De Janeiro, Rio Grande Do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

“Sofri muito preconceito, principalmente quando me tornei mecânica na empresa que trabalhava, eu era a única mulher atuando como tal, ainda mais no interior de São Paulo, em uma cidade superconservadora. Perguntavam para mim “se eu tinha carta de motorista”, coisas desse tipo, e eu precisava ter todo um convencimento e provar que tinha capacidade para estar ali. Foi difícil, mas consegui. A responsabilidade e a carga emocional que eu mesma colava em mim eram gigantescas. Eu não podia errar. Eu estudava mais que os homens, e fazia mais que os homens. Meu conselho é que a mulher tem tudo nas mãos para vencer e é competente em tudo o que faz. Ela pode ser o que quiser ser. A culpa não é dos homens das coisas serem assim, dos preconceitos perpetuarem, é o modelo cultural e estrutural enraizado. Temos que criar e educar meninos diferentes, pois é na base que está o problema. O primeiro passo é escolher a área que você mais se identifica e fazer um bom plano de negócios”

Sandra Nalli

Flavia Deutsch Gotfryd (à esquerda na foto) é fundadora e CEO da Theia, healthtech focada em preconcepção, pré-natal, parto e pós-parto por meio de uma plataforma de cuidados online.

Com passagens por instituições como JP Morgan, Merrill Lynch e Citigroup, Flavia entrou logo no início da fintech Acesso, onde liderou times de Produto, Marketing e Vendas. Conheceu a sócia Paula durante o MBA na Universidade de Stanford.

“Não se apaixone pela solução em si. E sim, encontre um problema que você é inconformada e quer se dedicar de corpo e alma para resolver. Empreender é um casamento de longo prazo e uma roleta russa de emoções, por isso é importante ter essa estrela norte do porquê, para lhe guiar ao longo do caminho.”

Flavia Deutsch Gotfryd

Paula Crespi é cofundadora e COO da Theia.

Antes de fundar a healthtech, Paula trabalhou anos liderando estratégia de novos produtos e inovação na Whirlpool e foi a primeira – além dos fundadores – no time de negócios do GuiaBolso (fintechs brasileira) onde liderou Produtos e Marketing. Paula conheceu sua sócia Flavia durante o MBA na Universidade de Stanford.

“Eu acredito que o empreendedorismo feminino é capaz de transformar o mundo e a forma como os negócios são feitos, principalmente a saúde. Todas as empreendedoras que conheço são absurdamente preocupadas em criar negócios geram valor para o mundo e em construir equipes muito diversas e com culturas de trabalho superpositivas. Imagina se todo lugar fosse assim? Faça você a diferença para isso acontecer. E o dia das mulheres, para mim, é um dia de reflexão e de visibilidade sobre a nossa luta por uma sociedade mais justa e igualitária para mulheres, e em especial mulheres de minorias, negras e trans, por exemplo. Já avançamos um bocado, mas ainda temos muito pela frente”

Paula Crespi
@curtonews Ei! Você, mulher, quer empreender? O #CurtoNews ♬ som original – Curto News

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