Members of social organizations protests on July 14, 2022 in Plaza de Mayo square in front of Casa Rosada presidential palace in Buenos Aires, Argentina, to demand that the government expand social plans and take urgent action against high inflation. - Argentina's inflation reached 36.2% in the first half of 2022, up 5.3% in June, amid growing complaints against the economic policies of President Alberto Fernandez's government. (Photo by Luis ROBAYO / AFP)
💰Curto Economia

Inflação na Argentina pode chegar a 90% em 2022 após dança das cadeiras na Economia

14-jul 19:03
2 min
Créditos da imagem: AFP

Surpreendendo um total de zero pessoas. A inflação da Argentina atingiu nova alta em junho, de 5,3%, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (14) pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec). Em 12 meses, a taxa acumulada é de 64%.

E, como diz aquele velho ditado, “desgraça pouca é bobagem”, a perspectiva de inflação até o fim do ano para os argentinos é de 90%.

Os dados foram divulgados em meio a uma onda de protestos em Buenos Aires contra o governo de Alberto Fernández. Os manifestantes pedem o controle da crise social e exigem o aumento de auxílios governamentais para enfrentar os seguidos aumentos de preço.

A crise e a insatisfação no país se aprofundaram depois da saída do ex-ministro da economia Martín Guzmán, no início deste mês. Com a renúncia de Guzmán, a população correu para os mercados para estocar produtos antes da desvalorização da moeda nacional e remarcação dos preços.

O ministro saiu do cargo após uma série de problemas com Fernández e sua vice, Cristina Kirchner, sobre a condução da política econômica do país em meio à crise. Antes da saída de Guzmán, a projeção era que a inflação atingisse 76% no fim do ano.

Ontem, as principais organizações de produtores agrícolas da Argentina fizeram protestos às margens das rodovias. Suspenderam a comercialização de grãos e pecuária por 24 horas para exigir mudanças na política econômica do governo de Fernández.

Foto do topo: Reprodução/Luis ROBAYO/ AFP)