Rastro de destruição: Governo divulga itens danificados por golpistas no Palácio do Planalto; veja lista

O Palácio do Planalto divulgou, nesta segunda-feira (9), uma lista preliminar dos itens que foram danificados pelos terroristas apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) neste domingo (8). Segundo o governo, ainda não foi feito um levantamento "minucioso" das peças destruídas, mas a avaliação preliminar mostra que pinturas, esculturas e peças de mobiliário foram danificadas. Confira o rastro de destruição deixado pelos golpistas.

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Isabella Caminoto

9 de janeiro de 2023 12:32

Obra “Bandeira do Brasil“, de Jorge Eduardo, de 1995 — a pintura, que reproduz a bandeira nacional hasteada em frente ao palácio e serviu de cenário para pronunciamentos dos presidentes da República, foi encontrada boiando sobre a água que inundou todo o andar, após vândalos abrirem os hidrantes ali instalados.
Galeria dos ex-presidentes — totalmente destruída, com todas as fotografias retiradas da parede, jogadas ao chão e quebradas.

Uma parte do estrago APENAS no térreo do Palácio do Planalto: galeria dos ex-presidentes destruída, salas com portas quebradas, recepção totalmente depredada, cadeiras foram jogadas pela janela, vidraças quebradas e cortinas rasgadas. É estarrecedor!

Conto tudo na @CBNoficial pic.twitter.com/Kun2NqaGuK
— Gabriela Echenique (@gabiiechenique) January 9, 2023

Obra “As mulatas“, de Di Cavalcanti — a principal peça do Salão Nobre do Palácio do Planalto foi encontrada com sete rasgos, de diferentes tamanho. A obra é uma das mais importantes da produção de Di Cavalcanti. Seu valor está estimado em R$ 8 milhões, mas peças desta magnitude podem alcançar valores até 5 vezes maior em leilões.

Os terroristas golpistas bolsonaristas ESFAQUEARAM a obra "As Mulatas", de Di Cavalcanti, que fica no Palácio do Planalto e é avaliada em milhões de reais. pic.twitter.com/ZLjrZUC2m6
— William De Lucca (@delucca) January 9, 2023

Obra “O Flautista“, de Bruno Jorge — a escultura em bronze foi encontrada completamente destruída, com pedaços espalhados pelo salão. Está avaliada em R$ 250 mil.

Escultura "O Flautista", de Bruno Jorge. Feita em 1962. O artista participou de movimentos antifascistas na Itália e foi extraditado para o Brasil graças ao então embaixador brasileiro no país europeu. 📷 Beto Barata/PR pic.twitter.com/IgWMg3curO
— Gustavo Zucchi (@gustzucchi) January 9, 2023

Escultura de parede em madeira de Frans Krajcberg — quebrada em diversos pontos. A obra se utiliza de galhos de madeira, que foram quebrados e jogados longe. A peça está estimada em R$ 300 mil.
Mesa de trabalho de Juscelino Kubitscheck — exposta no salão, a mesa foi usada como barricada pelos terroristas. Avaliação do estado geral ainda será feita.
‘Araguaia‘, vitral de Marianne Peretti — a peça foi destruída pelos terroristas.

Globonews noticia que este vitral foi destruído pelos golpistas no Salão Verde do Congresso Nacional ("Araguaia", de 1977, por Marianne Peretti).

Dizem ter conseguido fechar a tempo o Museu Nacional da República.

O bolsonarismo é terrorista. pic.twitter.com/3j7CxXhg7y
— Arthur Sandes (@_arthursandes) January 8, 2023

Mesa-vitrine de Sérgio Rodrigues — o móvel teve o vidro quebrado.
A escultura “A Justiça“, de Alfredo Ceschiatti, foi pichada.

Em 1987, Brasília se tornou Patrimônio da Humanidade. Os bandidos danificaram obras e edificações que são do povo brasileiro. Obras de Marianne Peretti, Di Cavalcanti e Alfredo Ceschiatti foram destruídas. Um prejuízo incalculável. Haverá reparação e responsabilização. pic.twitter.com/I86SdsC3Jk
— Leandro Grass (@leandrograss) January 9, 2023

Relógio de Balthazar Martinot — o relógio de pêndulo do Século XVII foi um presente da Corte Francesa para Dom João VI. Martinot era o relojoeiro de Luís XIV. Existem apenas dois relógios deste autor. O outro está exposto no Palácio de Versailles, mas possui a metade do tamanho da peça que foi completamente destruída pelos invasores do Planalto. O valor da peça não foi informado.

OLHA ISSO: os vândalos bolsonaristas destruíram o Relógio de Balthazar Martinot — o relógio de pêndulo do século XVII que foi um presente da Corte Francesa para Dom João VI. Martinot era o relojoeiro de Luís XIV. Existem apenas dos relógios deste autor. pic.twitter.com/ubPv9pm3mU
— Daniel Adjuto (@DanAdjuto) January 9, 2023

Importante ressaltar que o estado de diversas obras não pôde ainda ser avaliado, pois é necessário aguardar a perícia e a limpeza dos espaços. 😔

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Este post foi modificado pela última vez em 9 de janeiro de 2023 13:33

Isabella Caminoto

Advogada e mestranda em Direito Internacional, tenho a democracia e a liberdade como bandeiras irrenunciáveis. Sou apaixonada pelos animais e acredito que o bem-estar do nosso planeta deveria ser o destaque diário da pauta da nossa sociedade.