Até 2041, o mundo precisará de 602.000 novos pilotos e 899.000 novos tripulantes de cabine. O crescimento da inteligência artificial (IA) pode resolver este importante problema da aviação? 🧑✈️
“A IA pode ajudar com a escassez de talentos da indústria da aviação, mas não é provável que substitua as tripulações humanas tão cedo”, diz Jainita Hogervorst, diretora de uma empresa de consultoria em aviação com sede em Dubai. “Aeronaves autônomas podem ser possíveis em um futuro distante, mas a comunidade da aviação ainda hesita em dar controle total à IA por causa dos riscos de segurança e do fato de que voar é difícil.”
O erro humano é a principal causa de acidentes aéreos comerciais e acidentes aéreos em geral (entre 60 e 80%), de acordo com a Federal Aviation Administration (FAA). Fazer com que as pessoas trabalhem menos pode ajudar a reduzir o número de acidentes.
A automação pode ser útil, pois pode liberar os pilotos de tarefas chatas ou repetitivas para que possam se concentrar na tomada de decisões importantes. No entanto, essa mudança também altera o trabalho do piloto de operação ativa para monitoramento, algo que os humanos podem ter dificuldade em fazer por longos períodos de tempo.
Uma das maiores preocupações sobre a tecnologia na cabine de comando é que ela pode tornar mais difícil saber o que está acontecendo.
Os pilotos humanos têm uma compreensão natural de seus arredores, o que os permite agir rapidamente em situações não planejadas. Embora os sistemas de IA sejam muito poderosos, eles podem não ter o mesmo nível de compreensão instintiva.
À medida que a IA e a tecnologia se tornam mais importantes, há uma chance de os pilotos esquecerem como voar manualmente. Essa dependência da tecnologia pode tornar as pessoas muito confiantes nela, o que pode levar à preguiça ou a um atraso na ação humana quando o sistema se depara com problemas que ninguém prevê.
É improvável que a IA substitua completamente os comissários de bordo, mas pode melhorar seus empregos.
A IA pode cuidar de tarefas chatas, como responder a perguntas comuns de passageiros, ajudar com informações de voos, fazer alterações em reservas e rastrear malas.
Isso permitiria que a tripulação de cabine se concentre em suas tarefas mais importantes, como garantir a segurança dos passageiros, lidar com emergências e oferecer atendimento personalizado aos clientes.
A Agência de Segurança de Voo da União Europeia (EASA) lançou, em 2020, um Roteiro de IA que descreve a visão da Agência para as considerações éticas e de segurança da IA na aviação.
O roteiro mostra um passo a passo para implantar IA, começando com aplicativos AI/ML que ajudam e dão suporte à tripulação em trabalhos como planejamento e execução de um voo.
Na segunda etapa, as pessoas e as máquinas trabalharão melhor juntas, mas as pessoas ainda estarão no comando. No estágio mais avançado, a máquina funciona sozinha, mas uma pessoa ainda está no comando.
A última etapa está planejada para ser totalmente autônoma, mas as pessoas ainda estarão envolvidas nas fases de projeto e monitoramento.
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