Ambiente virtual pode ser utilizado em terapia para pessoas com deficiência

A Universidade de São Paulo publicou na terça-feira (10) um artigo da Escola de Artes, Ciências e Humanidades sobre o uso do metaverso na reabilitação de pessoas com deficiência. De acordo com o professor Carlos Monteiro, responsável pelo estudo e professor do curso de Educação Física e Saúde, o uso da realidade virtual auxilia pessoas com paralisia cerebral em suas tarefas.

Publicado por
Uesley Durães

A partir do proposto pelo professor, o exercício de telerreabilitação em pessoas com deficiência traz atividades em realidade virtual para incentivar o exercício físico. A metodologia utilizada para produção do artigo foi a seguinte: entre março e junho de 2020, durante a pandemia, 44 pessoas foram acompanhadas de perto e auxiliadas por uma equipe especializada. 

O pesquisador responsável interagia com as pessoas e guiava as atividades de forma remota. Desse modo, os participantes eram estimulados a entrar num jogo de bolinhas coloridas conectado à câmera do computador. Levando em consideração as dificuldades enfrentadas pelas pessoas com paralisia cerebral, o ambiente virtual estimulava a performance motora. 

A partir desse ambiente virtual os especialista puderam observar o desempenho das pessoas, os problemas enfrentados por elas e como fazer para envolver os pacientes de uma forma lúdica e eficaz. De acordo com o artigo, a resposta foi positiva da maioria dos envolvidos. Muitos deles acharam o processo divertido e quiseram continuar com o uso de jogos nas terapias. 

Acervo pessoal do professor Carlos Monteiro

Ao Jornal da USP, o professor Monteiro disse que as pessoas “têm mais motivação para fazer uma reabilitação em ambiente virtual”.

A acessibilidade também foi pontuada no estudo. Por ter o objetivo de envolver o maior número de pessoas possíveis e não excluir ninguém pelas condições técnicas da tecnologia, o ambiente virtual usado na terapia não é totalmente imersivo, ou seja, não é necessário uso de óculos de realidade virtual nem nada do tipo. Um aparelho conectado a internet já é o suficiente. Pode ser computador ou celular. 

Ilha no metaverso utilizada em atividades – (Acervo pessoal – Carlos Monteiro)

“A tecnologia irá permitir o reconhecimento do máximo de capacidade e desempenho de cada pessoa. Por meio disso, o avatar auxiliará a equilibrar dificuldades, permitindo tarefas com igualdade para todos”, complementou o professor. 


Este post foi modificado pela última vez em %s = human-readable time difference 16:15

Uesley Durães

Posts recentes

Google se associa à Apptronik para desenvolver robôs humanoides

O Google DeepMind acaba de anunciar uma parceria estratégica com a Apptronik, uma empresa de…

20 de dezembro de 2024

Genesis: Um novo patamar para simulações físicas em IA

Uma equipe de pesquisadores de 20 laboratórios diferentes acaba de apresentar o Genesis, um motor…

20 de dezembro de 2024

Google lança seu próprio modelo de IA de “raciocínio”

O Google acabou de lançar o que está chamando de um novo modelo de inteligência…

19 de dezembro de 2024

GitHub Copilot agora é gratuito

A GitHub, de propriedade da Microsoft, acaba de anunciar um nível gratuito de seu Copilot…

19 de dezembro de 2024

ChatGPT ganha um novo número de telefone; veja

A OpenAI acaba de lançar uma nova maneira surpreendente de acessar o ChatGPT - através…

19 de dezembro de 2024

Google lança novo benchmark para testar a factualidade de LLMs

O Google DeepMind acaba de lançar o FACTS Grounding, um novo benchmark projetado para avaliar…

18 de dezembro de 2024