O conselho de ética do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) decidiu, na última terça-feira (22), arquivar o processo que tinha aberto em julho para avaliar se uma campanha da Volkswagen — lançada no último dia 4 de julho e feita com inteligência artificial (IA) — teria ferido o Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária.
“O colegiado considerou, por unanimidade, improcedente o questionamento de desrespeito à figura da artista, uma vez que o uso da sua imagem foi feito mediante consentimento dos herdeiros e observando que Elis aparece fazendo algo que fazia em vida”, disse o órgão em nota oficial.
Já sobre a necessidade de informar sobre o uso da ferramenta “deepfake”, o Conar informou que considerou diversas recomendações de boas práticas existentes sobre o tema, “bem como a ausência de regulamentação específica em vigor”. Com isso, a maioria dos conselheiros votou pelo arquivamento da denúncia.
“A transparência é princípio ético fundamental e, no caso específico, foi respeitada, reputando que o uso da ferramenta estava evidente na peça publicitária”, acrescentou o órgão em nota, afirmando que o processo tramitou com ampla defesa, “por meio de manifestação da VW e sua agência, a AlmapBBDO”.
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