A lucrativa parceria entre a Apple e o Google pode estar em risco após um juiz dos Estados Unidos decidir que o gigante de buscas, propriedade da Alphabet, operava um monopólio ilegal.
Analistas de Wall Street afirmaram na terça-feira (6) que uma possível medida para evitar ações antitruste poderia envolver o término do acordo que torna o Google o mecanismo de busca padrão nos dispositivos Apple.
O Google paga à Apple US$ 20 bilhões anualmente, cerca de 36% da receita gerada por anúncios de busca feitos através do navegador Safari, pelo privilégio, de acordo com analistas do Morgan Stanley.
Se o acordo for desfeito, a fabricante do iPhone pode sofrer uma queda de 4% a 6% em seus lucros, estimaram os analistas.
O pacto permanece válido até pelo menos setembro de 2026, e a Apple tem o direito de estendê-lo unilateralmente por mais dois anos, segundo relatos da mídia em maio, citando um documento apresentado pelo Departamento de Justiça no caso antitruste.
“O resultado mais provável agora é que o juiz determine que o Google não pode mais pagar pelo posicionamento padrão ou que empresas como a Apple devem solicitar proativamente aos usuários que selecionem seu mecanismo de busca em vez de definir um padrão e permitir que os consumidores façam alterações nas configurações se desejarem”, disseram analistas da Evercore ISI.
As ações da Apple fecharam em estabilidade na terça-feira, com desempenho abaixo da recuperação do mercado mais amplo após a queda global de segunda-feira. A Alphabet teve pouca variação, após cair 4,5% na sessão anterior.
“A mensagem aqui é que, se você tiver uma posição dominante no mercado com um produto, é melhor evitar o uso de acordos exclusivos e garantir que qualquer acordo que você fizer dê ao comprador liberdade de escolha para substituir”, disse Herbert Hovenkamp, professor de direito da Universidade da Pensilvânia.
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Este post foi modificado pela última vez em 6 de agosto de 2024 23:31
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