Elon Musk é um dos principais atores no desenvolvimento da inteligência artificial (IA). Com a divulgação de sua biografia, lançada nesta terça (12), foi descoberto que o dono do X tem uma longa história com empresas pioneiras na tecnologia de IA.
Musk começou a se envolver com a IA em 2012, quando investiu US$ 5 milhões na DeepMind, uma empresa britânica de pesquisa em IA. A DeepMind foi posteriormente adquirida pelo Google, e Musk tornou-se um dos primeiros investidores em uma grande empresa de IA.
Em 2015, Musk co-fundou a OpenAI, sim, a toda poderosa dona do ChatGPT. O que levou o bilionário a injetar grana na empresa foi o fato da firma ser uma organização sem fins lucrativos dedicada a promover a IA segura e benéfica, de acordo com sua biografia. Musk acreditava que a OpenAI era importante para garantir que a IA fosse desenvolvida de forma ética e responsável.
Além da OpenAI, Musk também investiu em seus próprios projetos de IA. Ele fundou a Neuralink, uma empresa que desenvolve interfaces cérebro-computador, e a própria Tesla, que desenvolve carros autônomos, também tem uma grande demanda pela tecnologia.
Apesar de seu apoio à IA, Musk também é um dos seus maiores críticos. Ele acredita que a IA tem o potencial de ser uma ameaça à humanidade, e que é importante tomar medidas para garantir que ela seja usada de forma segura.
Musk levantou preocupações sobre os perigos da IA em uma série de entrevistas e discursos. Ele alertou sobre o potencial da IA para ser usada para criar armas autônomas, que poderiam matar pessoas sem intervenção humana. No entanto, há uma questão que pode interferir em sua opinião que não tem uma motivação tão nobre: o fato de ele não ter conseguido chegar ao comando da OpenAI em 2018. Em 2018 a relação dele com Altman estremeceu e o magnata acabou caindo fora da organização.
Outro ponto a ser analisado e que pode ser importante para julgar a atuação do empresário no ramo é seu posicionamento contra as big techs. No livro consta que Musk se afastou de empresas que tocavam IA após elas se aproximarem de grandes empresas de tecnologia, como foi o caso da Deepmind com o Google, e a OpenAI com a Microsoft. Mas, em determinado ponto dessa breve história, Musk também quis integrar a até então organização sem fins lucrativos – OpenAI – ao seu conglomerado de empresas de tecnologia, com foco na Tesla e o desenvolvimento dos carros inteligentes. Outra motivação explanada por Altman sobre o racha na relação dos dois.
A compra do Twitter por Musk, em outubro de 2022, é mais um exemplo do seu envolvimento com a IA. A compra da plataforma pode ter um impacto significativo no desenvolvimento do cenário, já que ele vai usar a plataforma para promover sua própria empresa do ramo, a xAI, e usar dados dos usuários para treinar seu modelo.
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