O uso da inteligência artificial tem se tornado cada vez mais comum em empresas de todo o mundo. Ela é capaz de processar grandes volumes de informações de maneira rápida e precisa, fornecendo dados que podem melhorar a eficiência operacional das empresas. No entanto, a partir desse avanço, muitas empresas enfrentam um desafio: a escassez de profissionais capacitados para trabalhar com IA.
De acordo com uma pesquisa da IBM de 2022, cerca de 41% das empresas brasileiras já estão implementando a IA em suas operações. No entanto, a Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais estima que, nos próximos cinco anos, serão necessários quase 800 mil novos profissionais nessa área no Brasil. Contudo, atualmente, o país forma pouco mais de 53 mil profissionais de tecnologia anualmente.
Diante desse cenário, algumas empresas estão priorizando o investimento na capacitação de novos talentos. A DM, por exemplo, empresa especializada em produtos e serviços financeiros, estabeleceu em 2021 uma parceria com Alexandre Nascimento, um docente da renomada Singularity University, localizada no Vale do Silício, EUA. Nascimento dedicou sua trajetória acadêmica para estudar inteligência artificial. De acordo com a empresa, esse investimento foi importante para capacitar os funcionários da DM, incluindo as novas gerações de profissionais, os estagiários.
Carlos Barbieri, gerente de dados da DM, conta: “Chamamos o Alexandre Nascimento, que também é pesquisador da Universidade de Stanford, para repassar todo o seu conhecimento, desde o básico até os fundamentos da IA, usando alguns problemas que a gente tinha dentro da empresa como case para encontrar soluções”.
A partir da consultoria, os estagiários da DM passaram a trabalhar no desenvolvimento de um robô que visa facilitar a rotina dos colaboradores do Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC). Por exemplo, ao precisar encontrar uma cláusula específica em um documento em PDF de 50 páginas, o tempo para responder ao cliente pode ser demorado. O robô utiliza IA para localizar rapidamente as informações necessárias, evitando a busca manual em diversos arquivos.
“Que ela veio para ficar, não há dúvidas: agora resta ao mercado se adequar às possibilidades da IA”, conclui Barbieri.
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