Pesquisadores da Universidade de Montana, nos Estados Unidos, realizaram um estudo para avaliar as habilidades criativas da inteligência artificial. Os resultados, divulgados no dia 5 de julho, indicaram que a IA, representada pelo ChatGPT alimentado pelo mecanismo GPT-4, demonstrou potencial criativo comparável e, em alguns casos, superior ao dos seres humanos.
O estudo pioneiro, liderado pelo Dr. Erik Guzik, professor clínico assistente da Faculdade de Negócios, utilizaram os testes de torrance do pensamento criativo (TTCT), que servem para avaliar a criatividade de indivíduos em várias áreas, no ChatGPT.
Os resultados mostraram que o ChatGPT apresentou potencial criativo notável, superando os seres humanos em termos de fluência e originalidade. No entanto, a IA demonstrou uma flexibilidade ligeiramente menor na geração de uma ampla variedade de ideias.
Para obter resultados mais robustos, os pesquisadores combinaram as respostas geradas pelo ChatGPT com as respostas de 24 estudantes universitários. As pontuações foram então comparadas com um teste abrangente anterior realizado com 2.700 estudantes. Os resultados consolidados posicionaram o ChatGPT no topo, destacando-se no 1% superior em termos de abundância de ideias e originalidade, além do 3% superior em diversidade de ideias.
A pesquisa, que foi apresentada na renomada Conferência de Criatividade da Universidade do Sul do Oregon, destacou o potencial da IA para desenvolver habilidades criativas equiparáveis e, em alguns casos, superiores às habilidades humanas. Isso tem implicações significativas, especialmente para os setores de negócios e inovação.
O Dr. Guzik, líder do estudo, acredita que a IA tem o poder de revolucionar a forma como o pensamento criativo é aplicado aos negócios e ao processo de inovação. A criatividade é essencial para abraçar novas ideias e métodos, e a IA pode “oferecer perspectivas frescas e abordagens inovadoras”.
“Tivemos muito cuidado na conferência para não interpretar muito os dados… Acabamos de apresentar os resultados. Mas compartilhamos fortes evidências de que a IA parece estar desenvolvendo capacidade criativa a par ou mesmo excedendo a capacidade humana”, pontua o líder da pesquisa.
Na outra ponta do estudo, há quem duvide e critique o anúncio oficial feito pela Universidade de Montana. Isso pelo fato do paper não estar disponível para o público geral. O comunicado de imprensa da instituição informa apenas que os resultados foram apresentados em conferência, mas não disponibiliza o acesso direto.
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