A Fórmula 1 estreou no Grande Prêmio da Espanha um novo recurso de inteligência artificial (IA) chamado “Statbot“, em parceria com a Amazon. A ideia é usar a IA para oferecer transmissões personalizadas e manter os espectadores engajados.
O Statbot vai vasculhar arquivos de corridas e analisar dados em tempo real para fornecer contexto e curiosidades aos apresentadores durante a transmissão ao vivo em Barcelona. A tecnologia por trás disso vem da Amazon Web Services (AWS), a divisão de computação em nuvem da gigante do varejo.
Isso mostra como a IA está se infiltrando na mídia e como a Liberty Media Corp., dona da F1, busca maneiras de prender os fãs às telas. Desde que comprou a F1 em 2016, a Liberty, liderada pelo magnata John Malone, vem focando em aumentar o apelo global do esporte, expandindo a audiência com estratégias de marketing como a série documental da Netflix.
Mas a F1 é um esporte muito técnico, e os pilotos ficam escondidos por capacetes. Por isso, as empresas querem tornar as transmissões ao vivo mais animadas. A IA também será usada para oferecer previsões durante a corrida, como paradas nos boxes e potenciais ultrapassagens, baseadas em dados como desempenho do carro e desgaste dos pneus.
“Com esses dados e a proximidade com o fã, podemos pensar em experiências hiperpersonalizadas”, disse Eric Gales, diretor-geral da AWS Canadá. “É para isso que queremos levar a coisa, para que você, como fã, possa escolher a quantidade de dados que quer ver e as histórias que quer ouvir”, completou Neil Ralph, da Amazon.
A luta pela atenção do público nunca foi tão intensa, já que a F1 compete com outros esportes, serviços de streaming, TikTok e videogames. Embora a série da Netflix e novas corridas como o GP de Las Vegas tenham ampliado o alcance da F1 nos EUA, o esporte ainda é criticado por ser previsível. No ano passado, Max Verstappen venceu 19 das 22 corridas, e neste ano já venceu 6 de 9.
“Não podemos simplesmente oferecer uma experiência passiva”, disse Dean Locke, diretor de transmissão e mídia da F1.
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