O fim de 2023 marca um ano desde o início do boom da inteligência artificial (IA), cujo estopim foi o lançamento do ChatGPT. Desde então, muitas previsões ambiciosas foram feitas sobre como a tecnologia irá avançar e até mudar tarefas do nosso cotidiano.
Desde a interação com dispositivos até a possível extinção de milhões de empregos, é esperado que o desenvolvimento da IA impacte especialmente a Geração Z, composta por pessoas nascidas entre a segunda metade dos anos 1990 e 2010.
Pensando nisso, o Washington Post conversou com alguns jovens para saber como eles enxergam o potencial e as mudanças promovidas pela inteligência artificial.
As opiniões dos jovens entrevistados foram bastante variadas. Alguns, como Sarah Chieng, de 22 anos, estão otimistas com o potencial da IA para fazer o mundo um lugar melhor. Chieng desistiu de uma vaga importante na área financeira para construir um mecanismo de busca baseado em inteligência artificial em outra empresa de São Francisco, na Califórnia.
“Não me arrependo”, disse ela ao jornal americano. “Estava me dando a chance de fazer algo realmente impactante.”
Outros, como Hannah Minnix, estudante de arte de 21 anos na Virginia Commonwealth University, estão preocupados com o impacto que a IA pode ter no mercado de trabalho. Minnix acredita que a tecnologia pode levar à substituição de empregos em áreas criativas, como a arte.
“Muitas pessoas estão usando isso como ferramenta e tenho muitos colegas que odeiam a ideia”, disse ela. “Para mim, o uso da IA deixa as imagens confusas e menos interessantes.”
Craig Dawdy, 24 anos, estudante de direito, afirma que está calmo com a ideia de que a IA poderá substituir posições no seu campo de trabalho. Dawdy inclusive disse que já usou IA para escrever e-mails, mas pensa que a tecnologia ainda não funciona tão bem na área jurídica.
“A verdade é que advogados e estudantes de direito acham que o melhor trabalho será sempre produzido por eles”, disse ele. “Ninguém quer confiar em uma máquina.”
Sathvik Redrouthu, por sua vez, do último ano da Escola Secundária de Ciência e Tecnologia Thomas Jefferson, na Virgínia, acredita que a IA ainda tem um longo caminho a percorrer. O jovem de 18 anos disse que a IA é alimentada por chips de computação de alta potência que consomem muita energia.
Isso inspirou Redrouthu e alguns colegas a criar chips de computador movidos a luz, que são mais eficientes em termos energéticos. Eles inclusive já discutiram seu protótipo com vários líderes proeminentes da área de IA, como Sam Altman da OpenAI.
Enquanto isso, o engenheiro de software de 25 anos, Hassan El Mghari, aproveitou o boom da IA para criar o seu próprio modelo de inteligência artificial: o RoomGPT. A ferramenta permite carregar a foto de uma sala e experimentar diferentes estilos de design de interiores.
Em apenas uma semana, foram mais de 500 mil usuários impressionados com o que a IA poderia fazer.
O futuro da IA é incerto, mas é claro que a tecnologia está tendo um impacto significativo em nossas vidas. As opiniões dos jovens entrevistados mostram que a Geração Z está ciente desse impacto e está pronta para moldar o futuro da IA.
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