O Google DeepMind revelou a terceira versão principal de seu modelo de inteligência artificial (IA) “AlphaFold”, projetado para ajudar os cientistas a projetar medicamentos e direcionar doenças de forma mais eficaz.
Em 2020, a empresa fez um avanço significativo na biologia molecular ao usar a IA para prever com sucesso o comportamento de proteínas microscópicas.
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Com a última encarnação do AlphaFold, pesquisadores da DeepMind e da empresa irmã Isomorphic Labs – ambas supervisionadas pelo cofundador Demis Hassabis – mapearam o comportamento de todas as moléculas da vida, incluindo o DNA humano.
As interações de proteínas – desde enzimas cruciais para o metabolismo humano até os anticorpos que combatem doenças infecciosas – com outras moléculas são essenciais para a descoberta e desenvolvimento de medicamentos.
A DeepMind disse que as descobertas, publicadas na revista de pesquisa Nature na quarta-feira, reduziriam o tempo e o dinheiro necessários para desenvolver tratamentos potencialmente revolucionários.
“Com essas novas capacidades, podemos projetar uma molécula que se ligará a um local específico em uma proteína, e podemos prever o quão fortemente ela se ligará”, disse Hassabis em uma coletiva de imprensa na terça-feira (7).
“É um passo crítico se você quer projetar medicamentos e compostos que ajudarão com doenças.”
A empresa também anunciou o lançamento do “servidor AlphaFold”, uma ferramenta online gratuita que os cientistas podem usar para testar suas hipóteses antes de realizar testes no mundo real.
Desde 2021, as previsões do AlphaFold estão disponíveis gratuitamente para pesquisadores não comerciais, como parte de um banco de dados contendo mais de 200 milhões de estruturas de proteínas, e foram citadas milhares de vezes em outros trabalhos.
A DeepMind disse que o novo servidor exigia menos conhecimento computacional, permitindo que os pesquisadores realizassem testes com apenas alguns cliques.
John Jumper, um cientista sênior de pesquisa da DeepMind, disse: “Será muito importante o quão mais fácil o servidor AlphaFold tornará para os biólogos – que são especialistas em biologia, não em ciência da computação – testarem casos maiores e mais complexos”.
A Dra. Nicole Wheeler, especialista em microbiologia da Universidade de Birmingham, disse que o AlphaFold 3 poderia acelerar significativamente o pipeline de descoberta de medicamentos, já que “produzir e testar fisicamente projetos biológicos é um grande gargalo na biotecnologia no momento”.
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