A inteligência artificial (IA) foi criada por especialistas em engenharia da computação e IA do Massachusetts Institute of Technology (MIT), utilizando cinco milhões de registros de saúde de pacientes.
Os dois algoritmos de inteligência artificial desenvolvidos pelo MIT são capazes de detectar células cancerígenas no pâncreas em diagnósticos mais ágeis. A rede neural denominada “PRISM” foi projetada para diagnosticar a forma mais comum de câncer no pâncreas.
Os critérios de triagem convencionais, atualmente em uso para diagnosticar a doença, conseguem detectar aproximadamente 10% dos casos em pacientes avaliados por profissionais. Por outro lado, o PRISM do MIT conseguiu identificar casos em 35% das ocasiões.
Embora o uso de IA no campo do diagnóstico não seja uma conquista completamente nova, o PRISM do MIT se destaca pela abordagem adotada no desenvolvimento. A rede neural foi programada com base no acesso a diversos conjuntos reais de registros eletrônicos de saúde provenientes de instituições de saúde nos EUA.
Foram utilizados dados de mais de 5 milhões registros eletrônicos de saúde de pacientes, ultrapassando, segundo os pesquisadores da equipe, a escala de informações normalmente alimentada em modelos de IA nessa área específica de pesquisa.
“O modelo usa dados clínicos e laboratoriais de rotina para fazer suas previsões, e a diversidade da população dos EUA dão um avanço significativo em relação a outros modelos para o câncer de pâncreas, que geralmente estão confinados a regiões geográficas específicas, como alguns centros de saúde nos EUA.”, comenta Kai Jia, PhD do MIT e autor do artigo sobre o PRISM.
O projeto PRISM do MIT teve início há mais de seis anos. A motivação por trás do desenvolvimento de um algoritmo capaz de detectar precocemente o câncer de pâncreas está relacionada ao fato de que a maioria dos pacientes recebe o diagnóstico nos estágios mais avançados do desenvolvimento da doença. Aproximadamente 80% deles são diagnosticados em estágios tardios.
No momento, a tecnologia está restrita aos laboratórios do MIT e a pacientes selecionados nos EUA. Expandir o alcance dessa IA representa um desafio logístico que envolve a inclusão de conjuntos de dados mais diversos e, talvez, até mesmo perfis de saúde globais para aumentar a acessibilidade.
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