IA e neurofisiologia podem se unir para prever o próximo hit musical; entenda

A possibilidade de controlar máquinas pelo pensamento se torna cada vez mais real, trazendo avanços promissores em medicina e entretenimento por meio da neurofisiologia.

Publicado por
Gabriela Gonçalves

Atualmente, a interface homem-máquina é limitada a dispositivos físicos, como teclados e mouses. No entanto, pesquisadores têm se dedicado ao desenvolvimento da chamada Interface Cérebro-Computador (ICC), uma tecnologia que permite comandar dispositivos apenas com o poder da mente. Essa área promissora pode trazer avanços significativos em diversos campos, desde medicina até entretenimento.

Enquanto isso, no mundo da música e das plataformas de streaming, o desafio de classificar e prever hits musicais é uma realidade. Com mais de 24.000 novas músicas sendo adicionadas diariamente, é impossível uma pessoa avaliar todas elas.

Nesse contexto, as plataformas têm experimentado combinar o feedback humano com análises de inteligência artificial para encontrar sucessos, mas os resultados têm sido inconclusivos.

Pesquisa sobre neurofisiologia e IA aponta 97% de precisão

No entanto, uma esperança surge em uma pesquisa recém publicada na revista Frontiers in Artificial Intelligence. Os pesquisadores descobriram que o uso da IA para analisar as respostas neurofisiológicas das pessoas ao ouvirem música pode prever quais músicas têm maior potencial para se tornarem sucessos.

As previsões, chegando a uma taxa de acerto de quase 97%, são baseadas em variáveis níveis para neurofisiologia, como imersão média, imersão máxima e recuo (menor imersão), obtidas através da análise de sinais cerebrais de 33 participantes que ouviram uma seleção com 24 músicas.

Embora o estudo seja limitado pelo número de participantes e músicas avaliadas, os pesquisadores estão confiantes de que seus resultados podem ser replicados e agora almejam aplicar esse método inovador em outras formas de entretenimento.

Com avanços na tecnologia, a interface Cérebro-Computador pode se tornar uma poderosa ferramenta para prever tendências musicais e aprimorar a experiência daqueles que amam música no universo do streaming.

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Gabriela Gonçalves

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