Inteligência Artificial

Inteligência artificial ajuda a encontrar crianças desaparecidas nos Estados Unidos

Quando uma criança desaparece nos Estados Unidos, o Centro Nacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas (NCMEC) é um dos primeiros a saber disso. Estabelecida na sequência de uma lei do Congresso em 1984, a organização sem fins lucrativos ajuda a sensibilizar o público em torno de uma criança desaparecida, com o objetivo de trazê-la para casa. É um trabalho árduo, meticuloso e emocionalmente desgastante – e que está sendo cada vez mais auxiliado pelo uso da inteligência artificial.

Publicado por
Bárbara Pereira

O NCMEC recebe milhões de denúncias por ano, denunciando casos de violação, abuso e tráfico de crianças – sendo que 22.000 envolvem o desaparecimento de uma criança.

O NCMEC agora coloca a inteligência artificial para trabalhar na limpeza rápida de fotografias de crianças desaparecidas, removendo fundos, trocando de roupa ou retocando outras crianças não afetadas. Mas é quando uma criança é encontrada e reunida com a sua família que começa o processo de identificação e acusação da pessoa responsável pelo seu abuso ou ausência – e é aí que a IA realmente entra em ação.

Construir um caso contra um raptor ou abusador de crianças envolve, muitas vezes, grandes volumes de provas, todas as quais precisam ser analisadas para encontrar a informação relevante para apresentar no julgamento.

Anteriormente, esse processo exigia que a equipe examinasse documentos para encontrar pistas – um processo trabalhoso que levaria muitas horas de trabalho. Mas agora, o NCMEC utiliza uma ferramenta de IA chamada Logikcull, da empresa de tecnologia Reveal, que implementa aprendizagem automática para analisar os enormes volumes de informação e identificar conteúdos que podem ser úteis na construção de um caso.

A economia de tempo é importante para uma organização como o NCMEC, que possui apenas uma equipe jurídica de oito pessoas e uma equipe de imagens e comunicações de quatro pessoas. No ano passado, o NCMEC tinha 32 milhões de relatórios na sua linha de denúncias cibernéticas, cada um dos quais poderia, teoricamente, ter sido um caso que uma equipa jurídica precisava analisar. De acordo com o fundador e CEO da Reveal, Wendell Jisa, o NCMEC já economizou mais de 4 mil horas usando a IA para examinar documentos.

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Bárbara Pereira

Jornalista com experiência em produção multimídia, acredito que as redes sociais são essenciais para alcançar novos públicos e disseminar informações em linguagem acessível e descontraída. Divido minha paixão por comunicação com livros, viagens e gastronomia.

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