Globalmente, estima-se que o custo dos ataques cibernéticos e outros cibercrimes em 2025 excederá US$ 10 trilhões (€9,3 trilhões) – de acordo com um relatório elaborado pela Cybersecurity Ventures.
Especialistas explicam como a inteligência artificial (IA) está ajudando os criminosos a desenvolver cenários complexos e imaginativos para enganar suas vítimas.
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Os ataques personalizados envolvem cibercriminosos usando vídeo e áudio disponíveis publicamente online para imitar o rosto e a voz de uma pessoa. Esses produtos falsos são então usados para fazer chamadas de vídeo online e solicitar dinheiro de familiares ou parceiros comerciais.
Indivíduos perdem US$ 318 bilhões (€295 bilhões) todos os anos para crimes cibernéticos. O custo médio de uma violação de dados para PMEs pode variar de US$ 120.000 a US$ 1,24 milhão (€110.000 a €1,15 milhão).
Frequentemente, os endereços de e-mail são facilmente falsificados, então as organizações, por exemplo, bancos, têm que enviar instruções especiais para seus clientes para alertá-los de que não estão utilizando tais técnicas”, Nikolaos Kurogenis, Professor de Gestão Bancária e Financeira, Universidade de Pireu.
O custo global de ataques cibernéticos contra empresas e cidadãos comuns está aumentando em 15% a cada ano.
Dentro do contexto brasileiro, entre 2022 e 2023 crimes envolvendo tecnologias de inteligência artificial obtiveram um aumento de 900%, segundo as ocorrências registradas pela Polícia Civil. E agora em 2024, durante os primeiros 78 dias do ano a incidência desses crimes já demonstra o dobro em comparação com o ano de 2022.
Em relação à crimes envolvendo tecnologia de deepfake, um levantamento realizado pelo Metrópoles aponta que nos anos de 2021 e 2022 tiveram apenas duas ocorrências cada desses crimes, enquanto em 2023 foram cerca de 20 ocorrências.
Muitos registros criminais abrangem mais de uma infração. Por exemplo, um caso pode envolver extorsão e estelionato simultaneamente. O estelionato, em particular, é o mais comum. Dos 20 crimes cometidos utilizando IA em 2023, 17 estavam relacionados ao estelionato, que consiste em tentar obter vantagem ilícita em prejuízo alheio, “induzindo ou mantendo alguém em erro”, conforme a lei.
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