A inteligência artificial está transformando a vida humana em muitos setores. Se observarmos o setor da saúde, iniciativas de ferramentas que auxiliam na detecção de câncer e ajuda profissionais da medicina em seus ofícios chamam a atenção da comunidade mundial. Mas de que modo a IA pode detectar doenças e prescrever remédios?
De acordo com uma pesquisa realizada pela American College of Physicians (ACP) com a revista especializada em medicina Annals of Internal Medicine, os médicos perdem, em média, 16 minutos por consulta em funções eletrônicas que poderiam facilmente ser substituídas pela tecnologia. Essas funções dizem respeito a atividades administrativas e solicitação de guias.
Para Guilherme Zwicker, médico e líder de medicina digital da CTC, empresa que trata de soluções em TI para o setor, a medicina pode ter a inteligência artificial como grande aliada na metodologia médica.
O médico destaca que os profissionais de saúde frequentemente lidam com tarefas burocráticas que consomem tempo, o que pode comprometer a atenção e o cuidado empático com os pacientes.
“Parte da consulta é documental, isto é, preencher o prontuário médico com as impressões (da equipe consultiva), e porque não? Até mesmo do paciente. Para isso, nada melhor que um co-piloto eletrônico e inteligente nos ajudando”, conta.
A partir do ponto de vista de Zwicker, a IA pode ser utilizada para minimizar processos repetitivos e preenchimento de documentos, liberando tempo para o atendimento humano.
“Bases de dados, supervisionadas ou não supervisionadas, são também abordagens possíveis. Na primeira as máquinas são corrigidas por um humano, na segunda, por regras, a máquina “aprende sozinha”. Nessa hora todo mundo se assusta, e acha que o Exterminador do Futuro está à sua porta. Mas são abordagens guiadas pela opção de quem está usando o sistema. Essas tecnologias podem muito bem atuar para minimizar os processos repetitivos, preenchimentos de campos digitais ou a famosa papelada administrativa que consome os profissionais”, narra.
Na era da IA, uma preocupação em destaque é a desumanização dos processos. Perguntamos ao médico se a introdução de ferramentas desse tipo não podem tornar as consultas médicas menos sensíveis ou humanas. De acordo com ele:
“Calor humano e empatia não são substituíveis por máquinas geladas e assépticas. A IA pode acabar liberando o ser humano para a atividade de cuidado e empatia, motricidade, calor humano, ao invés do papel de guiar o terminal de computador. O profissional de saúde deve ser entendido como mais competente naquilo que, de fato, é seu papel, acolher.”
Em relação à prevenção de falhas e indicações equivocadas da tecnologia, existem modelos teóricos que trabalham nessas hipóteses de erros, segundo o profissional. “Também é importante que fabricantes estejam atentos e que pesquisas e regulamentações sejam estabelecidas para minimizar riscos”.
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