Loora quer aproveitar a IA para ensinar inglês; entenda

Fundada por Roy Mor e Yonti Levin, o aplicativo iOS da Loora permite que os usuários conversem com um chatbot que fornece feedback sobre a compreensão de inglês deles.

“A ideia para Loora veio da nossa frustração com o aprendizado de idiomas,” Mor disse em entrevista. “Os aplicativos de aprendizado de idiomas são direcionados apenas para iniciantes ou alunos casuais, e os tutores humanos são muito caros, inconvenientes e têm disponibilidade limitada.”

Loora, cujo nome é a palavra árabe para “idioma”, oferece aos aprendizes diversos temas e cenários de conversação gerados por inteligência artificial para escolher, desde esportes, tecnologia, negócios, moda, livros e programas de TV até entrevistas e apresentações. O aplicativo fornece feedback sobre gramática, assim como pronúncia e sotaque, e — se os usuários ficarem confusos — uma tradução direta em sua língua nativa.

Loora pontua os usuários em sua proficiência ao longo do tempo, e utiliza essa pontuação para personalizar conversas em seu nível de fala.

Várias plataformas de aprendizado de inglês oferecem recursos semelhantes, incluindo Speak apoiado pela OpenAI, Preply (que recentemente investiu mais em tecnologia de IA) e ELSA. Mas Mor afirma que Loora é diferente por ser destinado a “aprendizes sérios” que buscam fluência em inglês para avanço pessoal e profissional.

“A maioria dos outros aplicativos de aprendizado de idiomas no mercado são limitados e gamificados,” Mor disse. “Loora construiu, treinou e otimizou sua IA com o único propósito de permitir que os usuários alcancem fluência em inglês — muito além das habilidades de conversação casual … Usamos apenas nossos próprios dados e sistema de treinamento e avaliação sob medida para treinar e otimizar nossos modelos, resultando em uma retenção continuamente aprimorada.”

Mor também argumenta que Loora se encaixa melhor em comparação com outros aplicativos e tutores para casos de uso específicos de aprendizado de idiomas — por exemplo, apresentar ideias em uma reunião de negócios. Os tutores, ele afirma, são limitados por seu conhecimento de domínio — uma limitação que o aplicativo Loora não tem (ou pelo menos Mor afirma que não tem). E os tutores especializados provavelmente estarão em maior demanda do que os gerais, Mor acrescenta.

“Digamos que um aluno esteja interessado em aprender a discutir conceitos de negócios em alto nível para fins de trabalho,” Mor disse. “Se o tutor não estiver familiarizado, apesar de ser um falante nativo, ele estará mal preparado para ensinar inglês para esse propósito específico.”

Isso promete muito considerando as limitações inerentes aos aplicativos de educação em idiomas — especialmente aqueles sem um elemento de feedback humano.

Em um estudo da Universidade Estadual de Michigan sobre a eficácia de aplicativos populares de aprendizado de idiomas, quase todos os participantes melhoraram em gramática e vocabulário, mas apenas cerca de 60% melhoraram em proficiência oral — um ponto comum de estagnação em programas digitais de aprendizado de idiomas. Os autores do estudo concluíram que um formato híbrido — combinando aprendizado online e em sala de aula — era a melhor abordagem para aprender e reter habilidades em segunda língua.

Mas isso não dissuadiu os investidores da Loora, que podem ter sido persuadidos pelo tamanho do mercado total endereçável de aprendizado de inglês (mais de US$ 70 bilhões até 2030, de acordo com a firma de análise de dados Research and Markets).

A Loora anunciou que arrecadou US$ 12 milhões em uma rodada da Série A liderada pela QP Ventures com participação da Hearst Ventures, Emerge e Two Lanterns Venture Partners — levando o total arrecadado pela Loora para US$ 21,25 milhões. O dinheiro, Mor diz, será destinado ao financiamento do desenvolvimento do aplicativo Android da Loora, “aprofundando” a tecnologia central de IA e capacidades de conversação da Loora e expandindo a equipe da startup de 14 funcionários para 25 até o final de 2024.

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