Inteligência Artificial

Meta quer desenvolver sistema para leitura de sinais neurais e musculares; foco é em realidade mista

A Meta está mais determinada do que nunca a trazer o metaverso para a realidade cotidiana, e seus últimos movimentos podem provar isso. A empresa registrou recentemente dois pedidos de patentes no Escritório de Marcas e Patentes dos Estados Unidos (USPTO) que prometem tornar a experiência da realidade estendida mais imersiva, lendo os sinais neurais e musculares do corpo dos usuários. Parece filme de ficção científica, mas veja como isso funcionaria.

Publicado por
Uesley Durães

A primeira patente, intitulada “verificação de sinal de eletroencefalografia intra-auricular [EEG]” descreve um dispositivo intra-auricular com um eletrodo que entra em contato com o canal auditivo, um alto-falante que emite um “sinal de áudio de calibração” e um controlador para gerar “dados de sinal neural”. Esses dados são baseados na atividade cerebral do usuário em resposta a estímulos auditivos específicos.

Veja como seria o equipamento de verificação de sinal de eletroencefalografia intra-auricular [EEG](via USPTO):

Lendo os sinais neurais, Meta planeja aprimorar experiência de áudio

A partir desses sinais neurais, a Meta pode aprimorar a “percepção audível”, melhorando o processamento de áudio em ambientes barulhentos e até direcionar o som para amplificar o áudio relacionado ao que o usuário está prestando atenção. Imagine estar em um ambiente barulhento, e o dispositivo foca automaticamente no que você quer ouvir.

A Meta também sugere que os sinais elétricos válidos podem revelar não apenas a atividade cerebral, mas também outras partes do corpo, como os olhos e o coração.

A segunda patente também impressiona. A Meta está trabalhando em um sistema de “detecção baseada em sinais neuromusculares” para gestos manuais no ar. Traduzindo, esses gestos permitirão aos usuários produzir e modificar texto em ambientes de realidade estendida. Veja como funciona:

Dispositivos sensores de sinais musculares, como um smartwatch ou pulseira, coletam dados sobre os gestos manuais realizados pelo usuário. Esses gestos correspondem a “termos alvo” para modificações de texto. A entrada de voz é usada para efetuar a modificação real do texto.

Isso significa que você pode, por exemplo, corrigir uma mensagem de texto usando gestos manuais para selecionar palavras e, em seguida, ditar as correções. Veja como seria (via USPTO):

Em suma, essas possíveis apostas, que ainda estão no processo de serem  patenteadas no Escritório de Marcas e Patentes dos Estados Unidos, pode aquecer o cenário metaversônico tão sonhado pela gigante da tecnologia. Esses recursos de realidade virtual e mista mostram que a empresa está correndo atrás de ferramentas para viabilizar suas ambições, incluindo o metaverso. 

Por enquanto essas invenções ainda estão no campo da hipótese, mas se confirmadas, pode esquentar ainda mais a briga das big techs pelo pioneirismo no cenário da realidade virtual, aumentada e mista. 

Veja também:

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Uesley Durães

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