Um novo estudo descreve um método para diagnósticos mais rápidos e precisos - com o auxílio da inteligência artificial (IA) - que pode ajudar os cirurgiões a decidir quando é necessário operar.
Frequentemente, durante cirurgias para remoção de tumores cerebrais, os médicos enfrentam uma decisão angustiante: cortar um pouco de tecido cerebral saudável para garantir a remoção completa do tumor, ou dar uma ampla margem ao tecido saudável e correr o risco de deixar algumas das células malignas para trás.
Mas agora, cientistas da Holanda relatam o uso da inteligência artificial (IA) para fornecer aos cirurgiões informações sobre o tumor que podem ajudá-los a fazer essa escolha.
O método, descrito em um estudo publicado nesta quarta-feira (11) na revista Nature, envolve um computador que escaneia segmentos do DNA de um tumor e identifica certas modificações químicas que podem fornecer um diagnóstico detalhado do tipo e até do subtipo do tumor cerebral.
No futuro, os pesquisadores esperam que o método também possa orientar os médicos nos tratamentos personalizados para um subtipo específico de tumor.
“É imperativo que o subtipo do tumor seja conhecido no momento da cirurgia”, disse Jeroen de Ridder, professor associado do Centro de Medicina Molecular do UMC Utrecht. “O que conseguimos permitir é que esse diagnóstico muito detalhado, robusto e refinado seja realizado já durante a cirurgia.”
O sistema de aprendizado, chamado Sturgeon, foi testado pela primeira vez em amostras de tumores congelados de cirurgias anteriores de câncer cerebral. Ele diagnosticou com precisão 45 dos 50 casos dentro de 40 minutos após o início do sequenciamento genético. Nos outros cinco casos, absteve-se de oferecer um diagnóstico porque a informação não era clara.
O sistema foi então testado em 25 cirurgias cerebrais ao vivo, a maioria delas realizadas em crianças, junto com o método padrão de exame de amostras de tumores sob um microscópio. A nova abordagem forneceu 18 diagnósticos corretos e não atingiu o limite de confiança necessário nos outros sete casos.
Ele forneceu os diagnósticos em menos de 90 minutos, de acordo com o estudo, um tempo curto o suficiente para influenciar decisões durante uma cirurgia.
Atualmente, além de examinar amostras de tumores cerebrais sob um microscópio, os médicos podem enviá-los para um sequenciamento genético mais completo. Mas nem todos os hospitais têm acesso a essa tecnologia. E mesmo para aqueles que o fazem, pode levar várias semanas para receber os resultados.
Os tumores cerebrais são os mais adequados para serem classificados pelas modificações químicas que o novo método analisa; nem todos os cânceres podem ser diagnosticados dessa forma.
O novo método faz parte de um amplo movimento que visa trazer precisão molecular ao diagnóstico de tumores, permitindo aos cientistas desenvolver tratamentos direcionados que sejam menos prejudiciais ao sistema nervoso.
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