A inteligência artificial (IA) está se tornando cada vez mais uma ferramenta poderosa para promover a acessibilidade e a inclusão em diversos setores da sociedade. Com sua capacidade de aprender, analisar e adaptar-se, a IA tem o potencial de derrubar barreiras e criar oportunidades para pessoas com deficiência, idosos e outros grupos minoritários.
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Um exemplo notável do impacto da IA na acessibilidade é o desenvolvimento de tecnologias assistivas. Softwares de reconhecimento de fala e legendas automáticas permitem que pessoas com deficiência auditiva acompanhem filmes, séries e palestras. Já os leitores de tela e navegadores com comandos de voz facilitam o acesso à internet para pessoas com deficiência visual.
É importante ressaltar que o desenvolvimento e a implementação de tecnologias de IA para acessibilidade e inclusão devem ser feitos de forma responsável e ética. É crucial garantir que essas tecnologias sejam acessíveis a todos, independentemente de renda ou nível de conhecimento técnico. Além disso, é fundamental proteger a privacidade e os dados das pessoas que utilizam essas ferramentas.
A versão de testes do navegador Opera recebeu uma grande atualização com recursos de inteligência artificial para geração de imagens e reprodução de voz na IA nativa do aplicativo, a Aria. A empresa espera aprimorar a experiência, acessibilidade e interação do usuário com as novidades.
Dentre as novas funcionalidades da ferramenta, foi apresentada um recuso de reprodução de voz. A opção de reprodução de voz da Aria foca na acessibilidade e conveniência, facilitando que as informações cheguem através do áudio. Utiliza o modelo Wavenet, também do Google, para sintetizar respostas em texto para uma voz humana.
As duas novas funções chegam para atender os usuários, segundo a Opera.
“Acreditamos que essas adições irão aprimorar significativamente a experiência de navegação dos usuários e oferecer novas formas de interação com o navegador”, destacou o EVP Browsers and Gaming da Opera Krystian Kolondra. “Estamos comprometidos em fornecer recursos inovadores e de ponta que atendam às necessidades em constante evolução dos usuários”, finalizou.
O Brasil tem uma população estimada de 18,6 milhões de pessoas com deficiência (PCDs) com mais de dois anos de idade, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) de 2022.
Para a pesquisadora Renata Wassermann, a inteligência artificial pode contribuir para tornar o mundo mais inclusivo se projetada para auxiliar pessoas com deficiência por meio da descrição de ambientes, detecção de linguagem de sinais e auxílio à mobilidade, entre outros exemplos. No entanto, Wassermann destaca que a inclusão deve ser desde a formação das equipes que elaboram a IA.
“As empresas vêm sendo cobradas há algum tempo para tornar suas ferramentas menos suscetíveis a preconceitos raciais, de gênero e orientação sexual, mas não se fala muito ainda sobre capacitismo. Imagino que seja a próxima fase. […] Por isso é tão importante a inclusão destas pessoas nas equipes de trabalho que pensam e desenvolvem a IA”, explica a pesquisadora.
No entanto, em relação ao acesso e uso das plataformas de IA, a pesquisadora acredita que é bastante acessível, pois há uma série de ferramentas que são utilizadas para leitura e escrita por PCDs.
“Se um usuário tiver uma deficiência auditiva, o Bard (atual Gemini) pode fornecer legendas para vídeos ou transcrições de áudio. Se um usuário tiver uma deficiência visual, o Bard pode fornecer um texto alternativo para imagens ou vídeos”, explica.
A startup chinesa Dnsys desenvolveu o X1, um exoesqueleto motorizado impulsionado por IA projetado para aventureiros e entusiastas do ar livre. Ele oferece uma potência extra de 900 watts para diversas atividades, como caminhadas, trilhas, escaladas e corridas.
Compacto e eficiente, o exoesqueleto é capaz de suportar até aproximadamente 40 quilos de carga e alcançar velocidades superiores a 25 km/h, o que amplia significativamente as possibilidades de aventura para os usuários.
A Dnsys lançou o X1 via Kickstarter, buscando superar seu concorrente (da Hypershell) em termos de desempenho e design. O exoesqueleto oferece uma estrutura mais leve, maior potência e capacidade de carga impressionante.
A autonomia da bateria do X1 varia de 25 a 30 quilômetros, dependendo do modelo. A startup oferece acesso antecipado à tecnologia a partir de US$ 399 (R$ 2 mil, em conversão direta) na campanha de financiamento coletivo.
A iniciativa ainda oferece diferentes modelos para atender às mais diversas necessidades do usuário, representando mais um passo rumo à mobilidade viabilizada por meio da tecnologia.
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