Chamado de Sarah, o avatar de inteligência artificial (IA) apresentado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta terça-feira (2) foi criado como uma alternativa no oferecimento de informações médicas em relação aos buscadores mais comuns.
Sarah significa Smart AI Resource Assistant for Health (Assistente de Recursos de IA Inteligente para a Saúde) e é um avatar que já foi testado durante a pandemia com outro nome (Florence), mas ressurge com um novo modelo de linguagem e tecnologia e, por enquanto, em oito idiomas, sendo eles: português, inglês, espanhol, francês, russo, hindi, árabe e mandarim.
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Sarah responde com empatia mínima a perguntas muito gerais e sempre recomenda consultar um médico. Assume-se que ela é capaz de fornecer informações sobre os principais tópicos de saúde, mas – nos testes realizados nestes primeiros estágios – ela falhou em fornecer links para informações médicas mais específicas e foi limitada a oferecer recomendações muito gerais ou uma lista básica de sintomas ligados a alguns problemas de saúde. Ela também não pode visualizar imagens.
“O futuro da saúde é digital e apoiar os países para aproveitar o poder das tecnologias digitais para a saúde é uma prioridade”, explicou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, em uma nota.
“Sarah nos dá uma ideia de como a inteligência artificial poderia ser usada no futuro para melhorar o acesso às informações de saúde de maneira mais interativa”, ele assegura para reconhecer as deficiências do sistema atual.
Nesse sentido, o diretor da OMS pede “à comunidade de pesquisa ajuda para continuar explorando como essa tecnologia poderia reduzir as desigualdades e ajudar as pessoas a acessar informações de saúde atualizadas e confiáveis”. Como qualquer sistema de inteligência artificial, Sarah visa crescer com a interação humana.
Apesar das deficiências da ferramenta desde seu lançamento, a OMS optou por aproveitar a onda de IA que circunda o mercado sem deixar que a tecnologia associada a informações de saúde caiam nas mãos de empresas com interesses econômicos e comerciais.
O avatar foi desenvolvido pela Soul Machines com o apoio da Rooftop e, a OMS alerta que “as respostas podem nem sempre ser precisas porque se baseiam em padrões e probabilidades dos dados disponíveis”. Neste sentido, a organização alerta que não é responsável por qualquer conteúdo de conversação criado por IA generativa nem “representa ou compreende as opiniões ou crenças da OMS”.
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