Inteligência Artificial

Paris 2024: A Revolução da IA nos Jogos Olímpicos

Publicado por
Vinicius Siqueira

No último domingo, 11 de agosto, o Stade de France foi palco da emocionante cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Com um espetáculo grandioso, a cidade-luz se despediu da maior festa esportiva do mundo, passando oficialmente o bastão para Los Angeles, que sediará as próximas Olimpíadas em 2028. A cerimônia celebrou os feitos dos atletas, a diversidade cultural e a união dos povos, marcando um marco histórico para o esporte mundial.

E além de marcar o retorno oficial do público aos estádios olímpicos durante suas cerimônias de abertura e encerramento, os Jogos Olímpicos de 2024 também evidenciaram ao mundo o poder da parceria entre as tecnologias de inteligência artificial (IA) com o mundo do esporte. 

IA na identificação de futuros atletas

Os fãs das Olimpíadas de Paris estão experimentando um novo sistema de identificação de talentos com Inteligência Artificial, projetado para encontrar futuros medalhistas de ouro.

Os dados são coletados por meio de cinco testes, que incluem atividades como corrida, salto e medição da força de preensão, entre outras. Essas informações são analisadas para avaliar o poder, a explosão, a resistência, o tempo de reação, a força e a agilidade de cada pessoa. Os resultados são então comparados com os dados de atletas profissionais e olímpicos, segundo a BBC.

Após a realização dos testes, cada participante recebe uma indicação sobre o esporte para o qual teria maior aptidão, escolhendo entre uma lista de dez opções.

O sistema de IA disponível para os fãs na Paris 2024 conta com uma versão menor e portátil, que pode ser executada na maioria dos dispositivos equipados com uma câmera básica e um pouco de capacidade computacional.

Previsão de lesões com IA

Entre as inovações, destacam-se os equipamentos com sensores integrados que coletam dados em tempo real, permitindo que os treinadores ajustem os programas de treinamento para maximizar o desempenho e minimizar o risco de lesões.

A Intel está na linha de frente da análise de desempenho com sua tecnologia Gaudi AI, oferecendo dados instantâneos e personalizados para as equipes olímpicas. Sensores biométricos e câmeras de alta velocidade capturam informações sobre o desempenho dos atletas, auxiliando os treinadores em decisões táticas cruciais.

O AthleteGPT, um chatbot impulsionado por IA, oferece suporte logístico e estratégico aos atletas, enquanto a análise de dados ajuda a prever lesões e otimizar estratégias de recuperação.

“Com base nesses insights, os treinadores podem ajustar os regimes de treinamento, personalizar planos de recuperação e implementar medidas preventivas. Isso não apenas reduz o risco de lesões, mas também otimiza o desempenho máximo. Na natação, por exemplo, a IA pode analisar a técnica de braçada e sugerir micro-ajustes que podem ser a diferença entre o ouro e a prata. Esta abordagem preditiva e personalizada está elevando o nível de cuidado com os atletas, permitindo que eles compitam no seu melhor, com menor risco de lesões”, afirma Corrêa.

Uso da IA na criação do uniforme olímpico

O design dos uniformes brasileiros para as Olimpíadas, criado pela Riachuelo, buscou representar as cores do Brasil de forma sutil, mas foi criticado por muitos internautas pela falta de criatividade e simplicidade.

Em resposta às críticas, Michelle Douglas, do perfil de Instagram focado em moda e tecnologia, usou inteligência artificial para criar alternativas mais sofisticadas e alinhadas com a identidade brasileira. Inspirada em marcas como a Osklen, Michelle desenvolveu protótipos virtuais que combinam elementos da cultura brasileira com tendências globais.

Seus designs, que rapidamente viralizaram, incluem estampas vibrantes inspiradas na flora e fauna brasileiras e na bandeira nacional. A proposta, que celebra a diversidade cultural do país, foi elogiada por internautas, que a consideram mais adequada para representar o Brasil nas Olimpíadas.

Como IA ajudou a escolher o homem mais rápido do mundo

No dia 4 de agosto, o norte-americano Noah Lyles conquistou a medalha de ouro nos 100 m rasos nas Olimpíadas de Paris por uma diferença de apenas cinco milésimos de segundo. Lyles saiu da última posição para a primeira em cinco segundos, vencendo a final no Stade de France.

A disputa foi decidida com o recurso de “photo finish”, que revelou uma proximidade milimétrica entre sete atletas na linha de chegada. A câmera Scan’O’Vision da Swiss Timing, divisão da Omega responsável pela cronometragem olímpica, capturou até 40 mil imagens digitais por segundo, assegurando a precisão na definição do vencedor.

Além disso, a empresa desenvolveu uma inteligência artificial capaz de criar imagens e vídeos 3D realistas, simulando detalhes como a trajetória de mergulho de nadadores, a reação de tenistas a saques e os movimentos de ginastas em giros e saltos.

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Vinicius Siqueira

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