Susan Zhuang, uma democrata que em breve representará o 43º Distrito do Conselho em Brooklyn, em Nova York, admitiu ter usado inteligência artificial (IA) para responder perguntas de uma publicação de notícias local, revelou um relatório do New York Post.
Em uma mensagem de texto enviada ao Post, Zhuang escreveu que usa “IA como uma ferramenta para ajudar a promover uma compreensão mais profunda” porque o inglês não é sua primeira língua.
As respostas – elaboradas com auxílio da IA – foram incluídas em um artigo da City & State, que pediu aos membros eleitos do conselho local que preenchessem um questionário sobre seus interesses pessoais e políticos. No entanto, jornal The New York Post notou algo estranho na resposta de Zhuang à pergunta “O que torna alguém um nova-iorquino?“:
“Nova York, a selva de concreto onde os sonhos se realizam. Não é apenas um lugar, é um estado de espírito. Ser um nova-iorquino significa ter uma determinação imparável, uma resiliência inquebrável e uma independência incomparável. Trata-se de navegar pelas ruas movimentadas com confiança e abraçar a diversidade vibrante que torna esta cidade tão especial. Junte-se a uma comunidade de pessoas com mentalidades semelhantes, orgulhosas de se chamarem nova-iorquinas. Conecte-se com pessoas de todos os estilos de vida, compartilhando culturas e origens diversas que contribuem para o dinâmico mosaico da cidade. Viva a energia e a emoção ao se tornar parte de algo maior que você mesmo.” – dizia a resposta de Zhuang.
O jornal New York Post submeteu o texto ao Copyleaks, uma ferramenta que verifica plágio e respostas geradas por inteligência artificial, e descobriu que poderia ter sido gerado por IA. A City & State posteriormente adicionou uma nota do editor, abaixo das respostas de Zhuang, afirmando que ela “admitiu que essa resposta foi escrita usando inteligência artificial”.
Ainda não está claro se Zhuang usou IA para responder a todas as perguntas de City & State ou apenas para a resposta citada acima. “Como imigrante e primeira conselheira sino-americana de Brooklyn, eu, assim como muitos dos meus colegas imigrantes, uso IA como uma ferramenta para ajudar a promover uma compreensão mais profunda e para crescimento pessoal, especialmente quando o inglês não é minha língua principal”, disse Zhuang ao Post.
Políticos costumam ter ajuda de equipes de relações públicas para elaborar respostas aos repórteres, mas o uso de IA por Zhuang levanta questões sobre como os políticos deveriam usar essa tecnologia – ou se deveriam usá-la de todo.
No início deste ano, o Comitê Nacional Republicano respondeu às notícias da campanha de reeleição do Presidente Joe Biden com um anúncio que incluía imagens geradas por IA. O candidato presidencial republicano Ron DeSantis também usou IA para criar um anúncio de ataque direcionado a Donald Trump, enquanto um político brasileiro admitiu até usar o ChatGPT para redigir um decreto municipal.
À medida que ferramentas de IA como o ChatGPT se tornam mais comuns, é provável que vejamos um aumento no seu uso entre políticos e outros funcionários. A IA já está gerando preocupação antes das eleições presidenciais de 2024, levando um grupo de senadores a resistir ao seu uso em campanhas políticas.
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