O Banco Central iniciou em março a fase de testes do Real Digital, uma versão eletrônica da nossa moeda nacional. Essa novidade deve trazer impactos para o mercado brasileiro, oferecendo opções de investimento, promovendo a inclusão financeira e mantendo os bancos como intermediários nas transações digitais, é o que dizem especialistas do setor. Entenda.
De acordo com especialistas ouvidos durante a Febraban Tech, evento sediado por instituições financeiras brasileiras, a implantação do Real Digital oferecerá uma opção interessante para investidores e correntistas que não confiam nas criptomoedas existentes no mercado atual.
Ruy Rede, CEO da BTTECH – lawtech com soluções para o setor jurídico e financeiro, afirma que “uma moeda regulada pelo BC mantém fatores de confiabilidade de forma significativa. A existência de um banco é baseada em credibilidade e informação e, como consequência, mais segurança”.
Ruy Rede também destaca que a chegada da moeda eletrônica regulada pelo Banco Central vai trazer um potencial aumento da inclusão financeira, seguindo o exemplo das fintechs. O sistema do Real Digital possibilitará uma anonimização similar ao uso de dinheiro em espécie, permitindo que mais pessoas tenham acesso ao sistema financeiro.
Para Tiago Aguiar, superintendente de novas plataformas da TecBan, empresa que participa da fase de testes do Real Digital, “tudo se resume à experiência do usuário, para que ele tenha uma facilidade de acesso. Em regiões periféricas das grandes cidades, pessoas que precisam se locomover muito para até um lugar onde ela pode ter acesso ao sistema financeiro. O Real Digital mudará isso e fará esse papel, isso pode mudar muita coisa”.
E em relação a confiança no processo de manuseio do Real Digital? Rede argumenta que quem vai estar sob o controle da moeda são organizações tradicionais, como o Banco Central, e que o projeto piloto que está rodando demonstra que os bancos permanecerão como intermediários nas transações da moeda digital. “Eles emitirão tokens referentes aos depósitos bancários, garantindo uma representação digital de ativos reais com valor comercial”, narra Rede.
“Com a implementação efetiva do Real Digital, os clientes finais terão acesso à infraestrutura por meio de seus relacionamentos com as instituições financeiras e de pagamentos sem acesso direto ao Real Digital ou a ferramentas de programação disponíveis na plataforma”, ressalta Alzira Morais, da Secretaria Executiva do BC.
Aguiar complementa assumindo que a materialização da ideia do Real Digital e sua geração de confiança vai depender das instituições envolvidas: “a infraestrutura técnica e de segurança quem tem que se preocupar somos nós, instituições como a TecBan, Banco Central e outras. As pessoas físicas apenas vão utilizar o recurso assim como hoje já usam seu aplicativo do banco”.
Sobre a facilidade do acesso ao Real Digital, Aguiar diz que “As pessoas não necessariamente precisam saber o que é para estar usando. É igual o open banking, em algum momento você vai clicar e aceitar o uso do seus dados e já vai estar inserido”.
A moeda eletrônica possibilitará uma anonimização semelhante ao uso de dinheiro em espécie, ampliando o acesso ao sistema financeiro. Os bancos, por sua vez, vão continuar desempenhando um papel importante como facilitadores das transações eletrônicas, utilizando tecnologias para garantir a eficiência e segurança do Real Digital.
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