Metaverso ganha protagonismo no Fórum Econômico Mundial em Davos

Está acontecendo em Davos, na Suíça, o Fórum Econômico Mundial (FEM). Neste ano, além das pautas discutidas de costume, um tema em específico ganhou destaque. Nesta quarta-feira (18), entusiastas, especialistas e executivos do metaverso se reuniram numa roda de conversa para discutir o âmbito da realidade virtual na palestra intitulada “Uma nova realidade: construindo o metaverso”. Um representante da Meta, o escritor responsável pelo termo e pesquisadores expuseram pontos de vista sobre a espacialização da internet.

Para o diretor de produtos da Meta, Chris Cox, o metaverso continua sendo a aposta para o próximo momento da internet. Ele comentou: “eu pensaria nisso como a próxima versão da Internet que fica menos plana, você sabe, a principal metáfora para a Internet tem sido a página da web desde que nasceu”. 

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Escritor que popularizou o termo “metaverso” nos anos 90 acredita que a indústria devem se atrair talentos da indústria de jogos

Outro presente na roda de conversa foi o escritor do livro Snow Crash, obra que trouxe pela primeira vez, lá nos anos 90, o termo metaverso. Neal Stephenson acredita que a indústria de games terá papel crucial no desenvolvimento do metaverso. Além disso, ele comentou que a indústria do metaverso terá que trazer os desenvolvedores de jogos para dentro do ecossistema se quiserem tornar a realidade virtual mais atrativa:   

“Terão que haver experiências no metaverso que valham a pena, e as pessoas que sabem como criar esse tipo de experiência são aquelas que trabalham na indústria de jogos. Alguns deles trabalham para grandes estúdios de jogos, alguns deles trabalham para pequenas empresas independentes. São talentos necessários para fazer um metaverso que as pessoas queiram visitar”. 

Metaverso ganha protagonismo em Davos (Reprodução Twitter/World Economic Forum)

Paula Ingabire, mestre em Engenharia e Gestão pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e ministra de Tecnologia da Informação e Comunicação de Ruanda, conta que o metaverso pode ser essencial para a indústria do turismo, indústria criativa e educação. No entanto, para Ingabire, é importante criar políticas de privacidade e dados para os ambientes imersivos envolvendo o setor público.

“Esses são alguns dos setores específicos ou casos de uso que estão sendo mapeados… políticas precisam estar em vigor em torno da disponibilidade e coleta de leis de privacidade de dados e que são muito importantes se você realmente for simular algumas dessas experiências”, pontua. 

Durante a discussão, os membros da roda também expuseram suas preocupações referentes à privacidade no metaverso. Enrique Lores, CEO da HP, comentou: “será muito importante que, não importa quantos metaversos tenhamos, exista uma camada comum de privacidade e segurança na qual todos nós possamos usufruir. Essa é uma questão da tecnologia muito importante que precisa ser desenvolvida”. 

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No Fórum Econômico Mundial deste ano a tecnologia tem sido protagonista das reuniões. Além da roda de hoje, na terça-feira (18) o presidente do FEM disse que será apresentado nos próximos dias um ambiente virtual de colaboração global para discussão de pautas de interesse público. 



Você pode conferir o painel desta quarta-feira sobre o metaverso clicando aqui, o vídeo está em inglês.

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