Ansiedade ou Burnout? Saiba diferenciar sintomas e procurar ajuda profissional

A gente já explicou aqui no Curto News o que é Burnout: uma doença que está associada ao esgotamento no trabalho, e pode ser confundida com a ansiedade e até mesmo com a depressão, porque têm sintomas semelhantes. E essa dúvida sempre aparece nas redes sociais:

O que é ansiedade e quando ela se torna um transtorno?

De acordo com National of Institute of Mental Health, a ansiedade ocasional – aquele friozinho na barriga, certa agitação que confunde com medo e alegria quando algo está pra acontecer – é uma parte normal da vida. A vida é cheia de questões relativas à saúde, dinheiro ou problemas familiares. Mas os transtornos de ansiedade envolvem mais do que preocupação ou medo temporário. Para pessoas diagnosticadas com transtorno de ansiedade, essa sensação não desaparece e pode piorar com o tempo. Os sintomas podem interferir nas atividades diárias, como desempenho no trabalho, trabalhos escolares e relacionamentos.

Existem vários tipos de transtornos de ansiedade, incluindo transtorno de ansiedade generalizada, transtorno do pânico, transtorno de ansiedade social e vários transtornos relacionados à fobia.

Como diferenciar ansiedade e Burnout?

“O quadro de ansiedade pode ter vários desencadeantes e um deles pode até ser o estresse ou a sobrecarga de trabalho, mas o que diferencia a ansiedade do Burnout é que este último é um quadro de alteração emocional bem intensa. Geralmente traz sintomas de ansiedade, mas a pessoa também tem alterações de humor, de sono, desencadeado pelo estresse excessivo relacionado ao trabalho”, explica o psiquiatra Eliseu Labigalini Júnior.

Segundo o especialista, o trabalho pode também ser um agente “estressor”, gerando quadros de ansiedade, por isso as pessoas tem tanta dificuldade para entender quando é um caso e quando é outro.

No brunout, alguns dos sintomas físicos são os mesmos dos transtornos de ansiedade, como sentir-se cansado, sem energia, irritado, triste ou ansioso.

Elissa Epel, professora do departamento de psiquiatria e ciências comportamentais da Universidade da Califórnia, em São Francisco, autora do livro “The Stress Prescription: Seven Days to More Joy and Ease”, também ajuda a distinguir ansiedade, depressão e brunout.

“A pessoa também pode desenvolver um sentimento de desesperança sobre seu papel e sua eficácia e sentir que as coisas nunca vão mudar no trabalho. E isso é um paralelo com o pensamento depressivo, em que sentimos desesperança e não vemos nenhuma luz no fim do túnel”, explica.

A depressão, no entanto, segundo a especialista, geralmente se concentra em si mesmo: o doente se sente inútil ou autocrítico. Enquanto o Burnout é centrado no “estresse crônico insustentável das demandas do trabalho, seja trabalho não remunerado em casa, como cuidador ou demandas do seu trabalho diário”.

Se você tem sentido qualquer desses sintomas, o mais importante é procurar um psiquiatra e fazer uma avaliação!