Veja os destaques do Curto Verde desta sexta-feira (21): Nos últimos 30 anos, o uso de agrotóxicos quase duplicou, aponta o levantamento "Atlas dos Pesticidas"; pesquisa da BCG mostra que, em um ano, empresas avançaram apenas 1% na medição de gases de efeito estufa; portas abertas para o Prêmio Ecoa de sustentabilidade e mudança social; e o gigante Pirarucu, da Amazônia, aparece em São Paulo e é um perigo na região.
Na terça-feira (18), foi lançado o ”Atlas dos Pesticidas”, que traz uma análise sobre o uso de agrotóxicos e os efeitos que eles causam na saúde e no meio ambiente.
O levantamento aponta que o uso de agrotóxicos no mundo aumentou 80% nos últimos 32 anos. O documento foi produzido pelos Amigos da Terra, em conjunto com a Rede Para a Ação Sobre os Pesticidas e com a Fundação Heinrich-Böll-Stiftung.
Há uma contradição entre a política mais rígida em relação ao uso de agrotóxicos na Europa e a liderança do continente na exportação de agroquímicos para outras áreas do mundo, com destaque para o Sul-Global, que representa um grande mercado consumidor devido às políticas mais flexíveis, segundo o Atlas.
A União Europeia baniu uma série de agrotóxicos nos países-membros do bloco nos últimos 20 anos. O bloco definiu o objetivo de reduzir o uso e os riscos de pesticidas sintéticos em 50% até 2030 com a Estratégia Farm to Fork, criada em maio de 2020. Mesmo assim, os pesticidas banidos da UE ainda são produzidos em larga escala por empresas na Europa.
Aqui no Brasil, 49% dos agrotóxicos utilizados de forma legal são considerados altamente perigosos. Desde 2019, 1.682 novos produtos agrotóxicos foram aprovados no país e mais de 44% desses “novos produtos” foram banidos da União Europeia. Um deles, o glifosato, que é o mais usado no Brasil foi banido da UE por ser considerado cancerígeno. Outro foi a Atrazina, que é o quinto mais comercializado no país e foi banido da UE por ser considerado um desregulador hormonal.
O limite de agrotóxicos permitido nos alimentos produzidos no Brasil pode chegar a ser 5.000 vezes maior do que os limites impostos na UE.
Leia o Atlas dos Pesticidas na íntegra.
Foi divulgada pelo Boston Consulting Group (BCG), nesta quinta-feira (20), a segunda edição da pesquisa anual CO2 AI by BCG Carbon Emissions Survey. Ela mostra que a mensuração das emissões de gases de efeito estufa de forma contínua ainda é um obstáculo e que a medição precisa e abrangente é crucial para buscar alternativas para reduzi-las.
A pesquisa é baseada em uma investigação de 2021 sobre o progresso que organizações em todo o mundo fizeram na medição e redução de suas emissões de carbono. Apesar de no último ano ter havido progresso, ele foi lento em todos os setores e regiões. Apenas 10% das empresas mediram suas emissões de forma abrangente em 2022 versus 9% em 2021.
Reduzir emissões agrega benefícios aos negócios
É inegável que o processo está lento. A edição deste ano reforça esse fato e confirma a importância de uma empresa medir suas emissões, já que quanto melhor mede mais pode reduzi-las.
Dia 25 de outubro, as portas para o Prêmio Ecoa se abrem. A premiação dá visibilidade às iniciativas, empresas ou pessoas que têm transformado a sociedade brasileira de forma positiva. O prêmio homenageia criadores e criadoras de soluções que superam desafios e resolvem problemas no campo social, econômico e ambiental, promovendo a equidade de raça, classe e gênero na sociedade.
Serão sete categorias:
Quer saber mais? Veja no Ecoa, da UOL.
Um pescador fisgou um pirarucu de 113 kg em um rio no interior de São Paulo. Isso tem preocupado pesquisadores, já que a presença do peixe na região, que não tem predador para a espécie, pode causar desequilíbrio ambiental. (G1)
Segundo informações da Polícia Ambiental de São Paulo, a pesca do pirarucu é liberada, já que ele é considerado um invasor, mas todas as regras devem ser respeitadas.
O pirarucu no interior de São Paulo pode ter escapado de alguma fazenda de piscicultura na região e isso não acontece só em São Paulo. Em outros estados e países, a invasão também é uma preocupação dos ambientalistas, que alertam os órgãos ambientais para conter esse processo.
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