Veja os destaques do Curto Verde desta quinta-feira (15): marca de roupas para atividades ao ar livre, Patagonia, é doada para associação que protege a natureza; projeto do Banco Mundial ajuda América Latina e Caribe a enfrentar a crise climática; Shell, Raízen, Hytron, USP e Senai firmam parceria para a conversão de etanol em hidrogênio; e a Torre Eiffel apagará suas luzes uma hora mais cedo para economizar energia.
Yvon Chouinard, fundador da Patagonia – marca de roupas para atividades ao ar livre – conhecido pelas posições a favor do meio ambiente, quer fazer mais pelo planeta e decidiu, aos 83 anos, doar sua empresa.
Chouinard tinha a opção de vender a marca, avaliada em 3 bilhões de dólares, segundo The New York Times, ou cotá-la na bolsa. Contudo, decidiu transferir 100% de suas ações para um fundo responsável por garantir que seus valores sejam respeitados e para uma associação de combate à crise climática e de proteção da natureza, à qual os lucros serão doados.
“A Terra é agora nossa única acionista”, escreveu Chouinard em uma carta publicada no site da marca.
Fundada há 50 anos, a Patagonia se comprometeu rapidamente pela proteção do meio ambiente, escolhendo cuidadosamente as matérias-primas usadas em seus produtos e doando 1% do valor de suas vendas anuais para ONGs ambientais.
No entanto, isso não era suficiente, segundo seu fundador.
“Uma opção era vender a Patagonia e doar todo o dinheiro. Mas não podíamos ter certeza de que um novo dono manteria nossos valores e conservaria o conjunto de nossos funcionários”, explicou Chouinard na carta.
E abrir o capital da Patagônia teria sido um “desastre”, previu. “Mesmo empresas listadas bem intencionadas são submetidas a muita pressão para gerar lucros de curto prazo em detrimento da vitalidade e responsabilidade de longo prazo”.
A Patagonia continuará sendo uma empresa preocupada com sua situação financeira e funcionará com um conselho de administração e um diretor-geral.
A família Chouinard continuará “guiando” o trabalho do fundo e da associação.
O Banco Mundial irá ajudar a América Latina e o Caribe a enfrentar a crise climática, promovendo estratégias de adaptação e combate ao fenômeno, segundo o projeto chamado “Um Roteiro para a Ação Climática na América Latina e Caribe 2021-2025” (🇬🇧), apresentado nesta quarta-feira (14).
A América Latina e o Caribe geram apenas 8% das emissões de gases do efeito estufa em todo o mundo, mas esse percentual pode aumentar se não forem tomadas medidas, alertou o banco.
As mudanças climáticas já causam danos econômicos na região, ao aumentarem a frequência e intensidade dos fenômenos meteorológicos extremos. Também ameaçam arrastar entre 2,4 milhões e 5,8 milhões de pessoas para a pobreza extrema nessa parte do mundo até 2030, assinala o relatório.
Os danos em infraestrutura causados por esses fenômenos custam mais de 1% do PIB à região e até 2% do PIB anual em vários países da América Central, como República Dominicana, Nicarágua e Panamá.
As mudanças climáticas têm impacto negativo na maioria dos cultivos, afetando a segurança alimentar. Como exemplo, o banco aponta que as secas poderiam causar perdas de rendimento da soja de até 50% na Argentina até 2050.
Da mesma forma, elas provocam déficits pluviométricos gravíssimos no Caribe, modificam os ecossistemas marítimos e fazem com que as florestas sequem. Na bacia do Amazonas, a floresta poderia se converter em savana devido à combinação de mudanças climáticas e desmatamento.
Diante desse panorama, o banco propõe a criação de estratégias de longo prazo baseadas em seu Plano de Ação Climática 2021-2025, que fixou o objetivo de destinar em média 35% dos empréstimos ao financiamento de questões climáticas por cinco anos.
Na América Latina e no Caribe, o foco está na adaptação, “em uma resiliência a longo prazo” para “sair da frequência e intensidade dos efeitos extremos” e não ter prejuízos econômicos descomunais, declarou em entrevista coletiva Ana Bucher, especialista em Meio Ambiente do Banco Mundial.
As prioridades do banco na região em matéria climática são a agricultura, os sistemas alimentares, a energia, o transporte e as cidades. Sem uma ação concertada, mais de 17 mil pessoas da região poderiam ser obrigadas a se deslocar até 2050, o que poderia aumentar a população urbana em até 10%, estima o informe.
A Shell Brasil, Raízen, Hytron, Universidade de São Paulo (USP) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) assinaram um acordo de cooperação para a construção de equipamentos de produção de hidrogênio (H2) a partir do etanol, anunciou a agência FAPESP.
O acordo inclui também uma estação de abastecimento veicular no campus da USP, na cidade de São Paulo. Um dos ônibus utilizados pelos estudantes e visitantes da Cidade Universitária deixará de utilizar diesel e os tradicionais motores a combustão interna e passará a ser abastecido com hidrogênio e será equipado com células a combustível. Essas células são equipamentos que transformam o hidrogênio em eletricidade – e esta faz funcionar os motores elétricos que impulsionam os ônibus.
Com início da operação prevista para 2023, a iniciativa surge como uma solução de baixo carbono para transporte pesado, incluindo caminhões e ônibus, com o primeiro posto a hidrogênio de etanol do Brasil e no mundo.
A prefeitura de Paris vai apagar as luzes da Torre Eiffel uma hora mais cedo para economizar energia.
De acordo com a prefeitura, as luzes da Torre Eiffel serão desligadas após o último visitante sair às 23h45, a partir de 23 de setembro. Outros pontos turísticos da cidade, como a torre Saint-Jacques e o prédio da prefeitura, serão desligados às 22h.
A Europa se prepara para medidas de racionamento diante dos cortes de gás da Rússia ao continente e da chegada do inverno, nos próximos meses. Também nesta quarta-feira (14), o governo francês anunciou que limitará em 15% o aumento nas contas de energia em 2023 como forma de proteger a população da alta nos custos da energia. (Valor Econômico)🚥
O Curto Verde é um apanhado diário do que você precisa saber sobre meio ambiente, sustentabilidade e demais temas ligados à nossa sobrevivência e do planeta.
(Com AFP)
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