Uma pesquisa, divulgada na última quinta-feira (24), revelou que canudos de papel ou bambu podem não ser tão sustentáveis quanto se pensava. Ao analisar os diversos tipos usados como alternativas aos de plástico, foram encontrados - nestes dois casos - os PFAS, conhecidos como "produtos químicos eternos" por não se decomporem, dificultando a reciclagem desses canudos.
O estudo, publicado na Food Additives & Contaminants, foi conduzido pela Universidade de Antuérpia, na Bélgica, e analisou 39 marcas de canudos de papel, bambu, vidro, aço inoxidável e plástico produzidas na Europa e na Ásia e disponíveis no mercado belga.
Os PFAS são utilizados na fabricação de produtos de uso diário, desde roupas para atividades ao ar livre até panelas antiaderentes, resistentes à água, ao calor e às manchas. No entanto, são potencialmente prejudiciais para as pessoas, a vida selvagem e o ambiente. Eles se decompõem muito lentamente ao longo do tempo e podem persistir por milhares de anos no meio ambiente, uma propriedade que os levou a serem conhecidos como “produtos químicos eternos”.
Os PFAS têm sido associados a uma série de problemas de saúde, incluindo menor resposta às vacinas, menor peso ao nascer, doenças da tireoide, aumento dos níveis de colesterol, danos ao fígado, câncer renal e câncer testicular. 🚨 Mas atenção: a pesquisa mostrou que não há uma quantidade de PFAS nos canudos que possa intoxicar uma pessoa.
Durante a análise, os pesquisadores buscaram identificar a presença de PFAS para avaliar se os canudos “sustentáveis” eram, de fato, seguros como alternativas aos de plástico.
A pesquisa mostrou que:
Os pesquisadores dizem não saber ao certo por que os canudos – que deveriam ser biodegradáveis -contêm a substância, mas eles levantam duas hipóteses: a primeira é a de que o PFA seja incluído para que o canudo fique impermeável e a segunda é a de que seja uma contaminação pelo uso de papéis reciclados na produção do canudo – já que há PFA em várias embalagens.
Os pesquisadores dizem que não. Os canudos de plástico podem levar até 200 anos para se decompor. Nesse processo, eles ainda podem se transformar em microplásticos, que poluem os oceanos. Então, eles seguem sendo a pior opção.
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