Veja os destaques do Curto Verde desta quarta-feira (24): completados 6 meses de guerra na Ucrânia, como ficaram os compromissos climáticos assumidos antes do conflito? Outono europeu fora de época e a nova lei francesa que proíbe anúncios publicitários ligados a combustíveis fósseis.
Completados 6 meses de invasão da Ucrânia pela Rússia, o impacto das sanções e a agitação política levaram ao afrouxamento dos compromissos climáticos de alguns países europeus.
Com os cortes no fornecimento de gás pela Rússia ameaçando o inverno europeu, foram feitas tentativas para solidificar a segurança energética do bloco. Os níveis dos rios e reservatórios também estão baixos devido à seca generalizada – a pior dos últimos 500 anos.
As questões pragmáticas foram se tornando o foco das nações afetadas pelo conflito e os compromissos climáticos acabam sendo deixados de lado. As usinas de carvão estão sendo reacendidas e as florestas cortadas para armazenamento de lenha.
Embora poucas políticas tenham sido revertidas, e a maioria das medidas seja temporária para lidar com a crise, isso pode colocar em risco o objetivo – e compromisso – da União Europeia de alcançar a neutralidade de carbono até 2050.
Entenda um pouco mais sobre o problema através da curadoria do Curto:
O verão escaldante e seco no Reino Unido não apenas afetou a terra, rios, lagos e reservatórios, mas também fez com que as árvores perdessem suas folhas prematuramente, criando um “falso outono”.
A paisagem inglesa agora é um mar de cores laranja, amarelo, vermelho e marrom deixando um manto de folhas no chão.
A queda prematura de folhas é um sinal de estresse para as árvores, que respondem perdendo a folhagem para conservar umidade.
De acordo com especialistas, embora as árvores com raízes profundas possam suportar condições mais secas, as mais novas e menos enraizadas podem estar em risco.
“As árvores usam os hormônios que utilizam no outono para se retrair e garantir sua sobrevivência”, explica Rosie Walker, da associação Woodland Trust. “Elas vão continuar fazendo isso por alguns anos, mas isso vai começar a impactar nossas árvores, se não formos mais cuidadosos”, disse à rádio BBC.
Em julho, as temperaturas subiram acima dos 40°C no Reino Unido e também foi o mês mais seco já registrado em muitas partes do sul e leste da Inglaterra.
Steve Hussey, representante da organização Devon Wildlife Trust no sudoeste da Inglaterra, explica que “para a vida selvagem, o tempo da natureza é tudo”. “A crise climática está trazendo padrões sazonais aos quais nossa vida selvagem não está adaptada”, comentou ele.
Para Hussey, o longo verão “e o falso outono vão repercutir em inúmeras espécies até os meses de outono e também depois”.
A França se tornou o primeiro país europeu com uma lei dedicada a proibir anúncios publicitários relacionados a combustíveis fósseis, atingindo petrolíferas, empresas de energia e mineração.
A legislação atende ao apelo de entidades ambientais e climáticas do país, e estabelece multas que vão de 20 mil euros a 100 mil euros – podendo dobrar de valor em caso de reincidência.
Contudo, algumas destas entidades acreditam que a medida não tem abrangência suficiente, pois não impede anúncios de gás, patrocínios, etc.
Do outro lado, alguns dizem que a restrição vai longe demais. “Se temos uma redução no preço da gasolina, é um pouco estúpido se não podemos contar a ninguém”, disse Édouard Leclerc, presidente dos supermercados Leclerc, ao portal Euronews Green*.
Será que essa “moda” pega?
(Com AFP)
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