Relatório sobre a situação do clima na América Latina e no Caribe traz conclusões alarmantes; monitoramento da União Europeia visando alcançar seus propósitos ambientais; estudo que relaciona a poluição do ar com o aumento no risco de demência, e as causas da Europa ter se tornado o centro das ondas de calor são os destaques de hoje do Curto Verde.
Esta semana foi divulgado o relatório anual (documento em inglês) elaborado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) sobre a situação do clima na América Latina e no Caribe.
O documento traz conclusões alarmantes, tais como: aumento de 22% na perda de vegetação na floresta amazônica no último ano (as taxas mais elevadas desde 2009), perda de mais de 30% da superfície das geleiras andinas em menos de 50 anos e a “megaseca” que atinge o centro do Chile, classificada como a mais persistente do último milênio.
A Comissão Europeia apresentou ontem (26) uma lista de indicadores que têm como objetivo monitorar os avanços relacionados aos propósitos climáticos e ambientais da União Europeia até 2030, bem como a visão a longo prazo de 2050 para “viver bem, dentro dos limites planetários”.
As políticas da União Europeia visam garantir que o bloco volte a viver e trabalhar dentro dos limites do planeta. Para isso, os indicadores capturam o seu progresso em direção ao bem-estar ambiental, incluindo também os aspectos econômicos e sociais.
Esse monitoramento faz parte do 8º Programa de Ação Ambiental.
O Comitê sobre os Efeitos Médicos dos Poluentes do Ar (COMEAP), um grupo de estudos do governo do Reino Unido, publicou um relatório (documento em inglês) que concluiu que a poluição do ar provavelmente aumentará o risco de “declínio cognitivo” acelerado e de “desenvolvimento de demência” em pessoas idosas (The Guardian).
O Comitê analisou quase 70 estudos que examinaram como a exposição às emissões afeta o cérebro ao longo do tempo. Há também evidências que demonstram que a exposição à poluição do ar aumenta o risco de doenças cardíacas.
A onda de calor que já deixou mortos, provocou incêndios em série e levou os termômetros de vários países europeus a temperaturas recordes nas últimas semanas levantou um questionamento: Por que a Europa está se tornando alvo frequente das ondas de calor?
Uma reportagem do The New York Times afirma que, além do aquecimento global, outros fatores, envolvendo a circulação da atmosfera e do oceano, podem estar tornando o continente europeu centro das ondas de calor.
Um estudo publicado na revista Nature Communications, no início deste mês, descobriu que as ondas de calor na Europa aumentaram em frequência e intensidade nas últimas quatro décadas e atribuiu esse crescimento, pelo menos em parte, a mudanças na corrente de ar.
No estudo , os pesquisadores relataram que as ondas de calor europeias ocorreram quando a corrente de ar se dividiu temporariamente em duas, deixando uma área de ventos fracos e ar de alta pressão entre os dois ramos, ocasionando, assim, o acúmulo de calor extremo.
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Foto do topo: Stock Pro Series/Flickr
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