O fim do jogo climático - um alerta - feito por cientistas sobre o risco de colapso da sociedade global ou extinção humana, hipopótamos correm risco de sumirem do planeta e a inteligência artificial como arma contra o desmatamento são os destaques de hoje do Curto Verde.
Em um estudo publicado nesta semana na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (documento em inglês), cientistas alertam que o risco de colapso da sociedade global ou extinção humana tem sido “perigosamente pouco explorado”.
De acordo com a análise, existem amplas razões para se suspeitar que o aquecimento global pode levar a uma catástrofe, chamada por eles de “fim do jogo climático” (climate endgame).
A equipe de cientistas argumenta que o mundo precisa começar a se preparar para a possibilidade do fim do jogo climático, e que analisar os mecanismos para as consequências extremas pode auxiliar no atendimento às futuras emergências.
Para embasar argumentos, os cientistas solicitaram que o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas produzisse um relatório especial sobre o assunto. O documento do IPCC analisa os impactos gerados por 1,5º de aquecimento global e os resultados já provocam grande preocupação. (IPCC*) 🇬🇧
Os pesquisadores alertam, ainda, que o colapso climático pode agravar ou desencadear outros riscos catastróficos, tais como guerras internacionais ou pandemias de doenças infecciosas, e piorar as vulnerabilidades existentes, como pobreza, quebra de safras e falta de água. (The Guardian*)🇬🇧
Os hipopótamos podem ser adicionados à lista dos animais mais ameaçados do mundo.
A espécie, encontrada em lagos e rios em toda a África subsaariana, corre risco de extinção por diversos fatores, entre eles a crise climática, a caça furtiva e o comércio de marfim (retirada de dentes do animal).
Dez países da África Ocidental propuseram que os hipopótamos recebam a mais alta proteção – a do apêndice I – da Convenção sobre Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (Cites). (The Guardian*) 🇬🇧
Atualmente, os animais estão listados como uma espécie do apêndice II, o que significa que eles não estão necessariamente ameaçados de extinção, mas podem se tornar, caso o comércio não seja regulamentado.
O tema deve ser abordado na próxima Conferência da Cites (Cites Cop), que está marcada para novembro deste ano, no Panamá. (CITES*)🇬🇧
Pesquisadores brasileiros desenvolveram um método, amparado em imagens de satélite e inteligência artificial, que mostra que a área prioritária das ações de combate ao desmatamento da Amazônia poderia ser 27,8% menor do que a equivalente aos 11 municípios atualmente monitorados pelo Plano Amazônia 2021/2022, do governo federal. (Folha de S. Paulo)🚥
A pesquisa, publicada no mês passado pela revista Conservation Letters (documento em inglês), demonstra que as regiões com as maiores taxas de desmatamento na floresta – classificadas como de “alta prioridade” – compreendem, neste ano, o equivalente a 414.603 km².
A área total incluída no Plano Amazônia 2021/2022, por sua vez, é de 574.724 km². Ou seja, a área a ser monitorada seria 160 mil km² menor.
No estudo, cientistas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e de universidades norte-concluem que, o método proposto, além de auxiliar os órgãos de fiscalização, exibe novas áreas de desmatamento, que atualmente estão fora do plano de monitoramento por extrapolar os limites impostos pelo Plano Amazônia.
Curto Verde é um apanhado diário do que você precisa saber sobre meio ambiente, sustentabilidade e demais temas ligados à nossa sobrevivência e do planeta.
(Foto no Topo: Reprodução/Flickr)
(*): Conteúdos em outros idiomas traduzidos pelo Google Tradutor
(🇬🇧): conteúdo em inglês
(🚥): pode exigir registro e/ou assinatura
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