Eles estão em nossas lixeiras, águas e até na corrente sanguínea humana. As partículas microplásticas podem ser pequenas o suficiente para se infiltrar em barreiras biológicas, como intestino, pele e tecido placentário. Agora somos todos parcialmente plásticos – mas quão preocupados devemos estar, e existe alguma maneira de minimizar nossa exposição?
Stephanie Wright, toxicologista ambiental do Imperial College, em Londres, afirma que a falta de dados impossibilita conhecermos os efeitos nocivos dos microplásticos, mas “eu diria que reduzir a exposição a partículas em geral (incluindo microplástico) provavelmente será benéfico”. Mas evitar o material é uma tarefa difícil, considerando que está no “ar, água potável, poeira e comida”.
Alimentos e bebidas selados em plástico há muito são associados à limpeza, pureza e proteção contra contaminação, mas agora sabemos que algumas das maiores exposições a microplásticos, diz Wright, “provavelmente vêm de alimentos e bebidas processados e embalados”.
A descamação do plástico aumenta quando os recipientes são expostos ao calor. “A água quente em copos revestidos de plástico e recipientes para viagem também libera micro e nanopartículas, em alguns casos trilhões por litro, embora não se saiba se são verdadeiras partículas de plástico”.
Para reduzir a exposição a microplásticos, a especialista sugere “não aquecer nada em plástico ou consumir líquido quente que tenha entrado em contato com plástico”. Isso inclui alimentos para microondas em Tupperware ou produtos prontos para aquecer.
Quando se trata de água, a toxicologista prefere a água engarrafada: “Algumas águas engarrafadas – incluindo garrafas de vidro – contêm milhares de partículas de microplástico por litro.” E, idealmente, ela a tomaria filtrada.
Outra sugestão é manter a casa sempre limpa, já que a maioria dos tapetes, cortinas, sofá, não são feitos de tecidos totalmente naturais e se degradam em partículas poluidoras.
Por fim, evitar estradas com tráfego intenso é sempre recomendado, onde os microplásticos fazem parte da sopa tóxica da poluição. Segundo os especialistas, as estradas são “uma fonte hipotética de emissões de partículas microplásticas para o ar devido ao desgaste e atropelamento do lixo”.
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