O enviado especial dos Estados Unidos para o clima , John Kerry, declarou em Brasília que a luta contra a destruição da Amazônia deve acontecer "a nível global", e reiterou que Washington contribuirá economicamente, mas não anunciou o valor.
“Trabalharemos juntos, não apenas a nível bilateral, mas a nível mundial, para levar todos à mesa de negociação”, disse Kerry em uma entrevista coletiva junto da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
“Nenhum país pode mudar as coisas sozinho […] Está acontecendo uma grande mudança, cada vez mais pessoas entendem que é urgente, que não é opcional e que temos que trabalhar juntos para fazer muito mais do que antes”, insistiu.
Kerry também afirmou na noite de terça (28) que tinha a intenção de retornar ao Brasil para visitar a Amazônia junto de Marina Silva, em data a ser confirmada.
A visita do enviado do presidente americano Joe Biden para Brasília aconteceu três semanas depois da do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Casa Branca.
E, assim como aconteceu em Washington, os Estados Unidos reafirmaram o seu desejo de contribuir para o Fundo Amazônia, cujos principais doadores são Noruega e Alemanha, embora ainda não tenham definido cifras.
“Estamos comprometidos a contribuir com o Fundo Amazônia, mas também com outras entidades, e a trabalhar bilateralmente [com o Brasil] em ciência e desenvolvimento”, disse Kerry, após sua visita de três dias a Brasília.
Questionado por um jornalista sobre o montante da contribuição, Kerry falou sobre negociações em curso no Congresso norte-americano.
“Temos um projeto de lei no Senado com o objetivo de arrecadar 4,5 bilhões de dólares. Outro na Câmara de 9 bilhões de dólares. Mas agora será preciso lutar” para que se concretize, detalhou.
Kerry referia-se, em particular, ao projeto de lei “AMAZON21”, que prevê a criação de um fundo de 9 bilhões de dólares para a preservação das florestas nos países em desenvolvimento, não apenas para a Amazônia brasileira.
Marina Silva, por sua vez, lembrou que existiam “outros instrumentos” para ajudar a preservar a Amazônia, como a compra de títulos de carbono.
No fim de janeiro, durante uma visita oficial a Brasília, o chanceler alemão Olaf Scholz anunciou que seu país estava disposto a pagar 200 milhões de euros – R$ 1,1 trilhão – para o Fundo Amazônia.
O desmatamento aumentou consideravelmente no mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro, derrotado por Lula nas eleições de outubro do ano passado.
O presidente prometeu, após sua vitória que faria o possível para reduzir a zero o desmatamento ilegal na Amazônia para 2030, mas insistiu na importância da ajuda internacional para conseguir esse objetivo.
(com AFP)
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