O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva foi recebido na COP27 sob aplausos. Lula enfatizou que estava ali - antes mesmo de assumir a presidência da República - "porque o mundo tem pressa de ver o Brasil participando das discussões do futuro do planeta". O pronunciamento aconteceu na chamada "Blue Zone", da Organização das Nações Unidas (ONU), com a presença de Sameh Shoukry, presidente da COP27 e ministro das Relações Exteriores do Egito.
“Estou hoje aqui para dizer que o Brasil está pronto para se juntar novamente aos esforços para a construção de um planeta mais saudável. De um mundo mais justo, capaz de acolher com dignidade a totalidade de seus habitantes – e não apenas uma minoria privilegiada”, disse Lula já no início de seu esperado discurso na COP27.
O presidente eleito endereçou seu discurso para dentro do país – empresários, agronegócio, instituições e sociedade – e para fora – líderes internacionais, ex-parceiros comerciais e ambientalistas – focando no princípio da responsabilidade comum sobre o futuro do planeta, mas, ao mesmo tempo, diferenciada.
“O Planeta nos alerta que precisamos uns dos outros para sobreviver. Sozinhos estamos vulneráveis à tragédia climática”, disse Lula.
Lula falou da importância dos países desenvolvidos destinarem recursos para fundos de perdas e danos, “para que países mais pobres possam enfrentar problemas criados pelos países ricos, mas que atingem de maneira desproporcional os mais vulneráveis”.
O líder brasileiro foi mais uma vez ovacionado ao dizer que “não por acaso” a frase que mais tem ouvido dos líderes de diferentes países é que “o mundo sente saudade do Brasil”.
“Quero dizer que o Brasil está de volta. Está de volta para reatar os laços com o mundo e ajudar novamente a combater a fome no mundo”.
“Não há segurança climática para o mundo sem Amazônia protegida”, disse Lula, anunciando que o combate às mudanças climáticas terá lugar de destaque no próximo governo.
“Vamos priorizar a luta contra o desmatamento”, afirmou, citando dados dos últimos quatro anos.
“A devastação ficará no passado e os crimes ambientais… serão agora combatidos sem trégua”, completou o presidente eleito. Ele afirmou que seu governo vai recriar os sistemas de fiscalização que foram destruídos nos últimos quatro anos.
Lula confirmou o compromisso de criar o ministério específico para os povos indígenas brasileiros. “Vamos criar o Ministério dos Povos Originários, para que os próprios indígenas apresentem propostas para sobrevivência digna, segurança, paz e sustentabilidade. Os povos originários e aqueles que residem na região Amazônica devem ser os protagonistas da sua preservação”.
Em mensagem direta para a agroindústria brasileira – que em grande maioria apoiou Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais -, Lula disse acreditar que o setor vai mudar de postura diante dos desafios do próximo governo
O Twitter do presidente eleito disponibilizou o discurso na íntegra:
A Conferência Internacional da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre as mudanças climáticas – COP27 – começou no dia 6 de novembro, no balneário egípcio de Sharm el-Sheikh. A COP é o grande evento anual da ONU cujo objetivo é discutir ações que visam ao enfrentamento das mudanças climáticas.
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