Maratona de Londres cobrará taxa climática de participantes estrangeiros para compensar emissões

Os organizadores da Maratona de Londres anunciaram uma iniciativa em que literalmente estarão correndo pela neutralização de carbono. O evento esportivo vai cobrar uma taxa climática dos participantes internacionais por suas emissões nos deslocamentos. O valor arrecadado será usado para pagar pela retirada de carbono do ar.

Publicado por

Isabella Caminoto

17 de outubro de 2023 19:36

A London Marathon Events (LME) disse que a iniciativa seria financiada por uma taxa de 26 libras (R$ 156) cobrada dos corredores internacionais. Os fundos serão usados para pagar à empresa de remoção de carbono CUR8 para retirar 280 toneladas de CO2 do ar.

Outras medidas também serão implementadas pelo evento, como a mudança de geradores a diesel para geradores a óleo vegetal hidrotratado.

A LME revelou, ainda, que passará a usar veículos elétricos e irá incentivar os participantes a fazer uso do transporte público. Dessa forma, a empresa pretende reduzir cerca de 800 toneladas de carbono por ano por meio de remoções e da redução de emissões, chegando a zero emissões líquidas até 2030.

Net Zero: entenda o que significa a expressão

A expressão “Net Zero” refere-se a um objetivo de neutralidade de carbono, em que as emissões de gases de efeito estufa (GEE) são equilibradas com as remoções desses gases da atmosfera. Isso implica em reduzir drasticamente as emissões e compensar o restante por meio de medidas como o reflorestamento, a captura e armazenamento de carbono, entre outras estratégias. O termo tem sido amplamente utilizado no contexto da mudança climática e da transição para uma economia de baixo carbono.

Na edição de 2022 da maratona, houve cerca de 9.920 participantes internacionais, com 95% do total de emissões sendo provenientes das suas viagens. Neste ano, a corrida aconteceu em abril, e a próxima edição será nesse mesmo mês de 2024.

Leia também:

UE intensificará o combate aos microplásticos após proibição de glitter

A União Europeia (UE) anunciou novos planos para reprimir os microplásticos depois que a proibição do glitter entrou em vigor. A proposta, que regula os pequenos pellets – utilizados em quase todos os produtos plásticos – visa reduzir a poluição plástica em 74% até ao final da década.

Este post foi modificado pela última vez em %s = human-readable time difference 19:37

Isabella Caminoto

Advogada e mestranda em Direito Internacional, tenho a democracia e a liberdade como bandeiras irrenunciáveis. Sou apaixonada pelos animais e acredito que o bem-estar do nosso planeta deveria ser o destaque diário da pauta da nossa sociedade.