O sul da Europa sofre, nesta quarta-feira (23), um episódio tardio de calor, com temperaturas que devem passar dos 40°C, um registro incomum para esse momento do ano.
Segundo os especialistas, os fenômenos meteorológicos extremos se intensificaram recentemente, devido à mudança climática, responsável por ondas de calor e por períodos de seca cada vez mais frequentes, mais longos e mais intensos.
Atenas acordou nesta quarta-feira (23) com uma espessa fumaça escura. Pelo quinto dia consecutivo, os bombeiros combatem em todo o país incêndios que já deixaram cerca de 20 mortos.
Pelo menos 18 pessoas identificadas como migrantes foram encontradas mortas perto da fronteira turca.
O calor, a seca e o vento favoreceram esta nova onda de incêndios, que já destruiu mais de 40 mil hectares na segunda-feira (21), de acordo com o Observatório Nacional de Atenas. As condições meteorológicas não devem melhorar até sexta-feira (25).
Na Espanha, está previsto que deve chegar ao pico de sua quarta onda de calor de verão com temperaturas superiores a 40°C, especialmente no interior do país.
Na terça-feira (22), em Saragoza (nordeste), o termômetro atingiu os 43°C, enquanto um incêndio devasta há uma semana a ilha de Tenerife, no arquipélago das Canárias, onde já arderam 15.000 hectares e há milhares de desalojados.
Apesar disso, as equipes de emergência veem “luz no fim do túnel”, graças à queda das temperaturas noturnas e às rajadas de vento menos fortes.
Na França, os serviços meteorológicos anunciaram que, na terça-feira (22), um novo recorde de calor foi batido para o final do verão: 27,1°C de média nacional, o dia mais quente já registrado depois de 15 de agosto.
Na quarta-feira, 19 departamentos do sul do país estavam em alerta vermelho, e 37, em alerta laranja.
O pico da onda de calor é esperado para quarta, ou quinta-feira, antes que as temperaturas comecem a cair na sexta-feira.
Também em Itália as temperaturas estão entre 5°C e 7°C acima da média sazonal, segundo o Centro Italiano de Meteorologia. A causa é a presença de um anticiclone entre a Europa Ocidental e o Mediterrâneo, alimentado por correntes muito quentes procedentes do Saara.
Nos Alpes italianos, a uma altitude de 3.000 metros, o termômetro atingiu 15°C, colocando a sobrevivência dos glaciares à prova.
E, apesar dos ventiladores e chuveiros que alguns pecuaristas instalaram para refrescar as vacas, elas estão produzindo 15% a menos de leite por causa da onda de calor, segundo a principal organização agrícola italiana.
Na quinta-feira (24), prevê-se que, em Florença (centro), a temperatura chegue aos 41°C e, em Milão (norte), a 39°C. O país deverá atingir as temperaturas máximas na sexta-feira.
Portugal se encontra em alerta máximo para risco de incêndios, com metade do país acima dos 40°C na terça-feira.
No centro do país, chegou-se a 45,6°C, segundo serviços meteorológicos. O calor começará a diminuir na quinta-feira.
O país alpino não foi poupado da onda de calor. Na terça-feira, Sion (sudoeste) atingiu 37°C e, em Genebra, onde o ano letivo começa na segunda-feira, chegou-se a 36,7°C.
A linha de 0°C subiu para 5.298 metros de altitude, um recorde “desde o início das medições em 1954”, informou o serviço meteorológico suíço. O recorde anterior havia sido estabelecido em 25 de julho do ano passado, com 5.184 metros de altitude.
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