As espécies exóticas invasoras custam ao mundo mais de 423 bilhões de dólares (2 trilhões de reais na cotação atual) por ano, um valor que quadruplicou a cada dez anos desde 1970, anunciou nesta segunda-feira (4) o IPBES, um grupo de especialistas internacionais auspiciado pela ONU.
Há 37 mil espécies exóticas no mundo, das quais pouco menos de 10% podem ser consideradas “invasoras” e “prejudiciais”, devido aos efeitos “negativos”, ou mesmo “irreversíveis”, que apresentam nos ecossistemas e na qualidade de vida na Terra, segundo o relatório elaborado pela Plataforma Intergovernamental Científico-Normativa sobre Diversidade Biológica e Serviços de Ecossistemas (IPBES).
Em 2019, seu custo total foi estimado em 423 bilhões de dólares, um valor “provavelmente muito subestimado”, segundo o grupo de especialistas.
Os principais danos das espécies invasoras é alterar os ecossistemas (27%), competir com espécies nativas (24%), ou a predação (18%), segundo o IPBES, que alerta sobre “os efeitos em cascata”.
Um exemplo emblemático é o recente incêndio em Maui, no Havaí, parcialmente consequência de plantas importadas para alimentar o gado, as quais depois se alastraram para plantações de cana-de-açúcar abandonadas.
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