Poluição plástica nos oceanos é menor, mas mais duradoura, diz estudo

A quantidade de plástico lançada no mar seria muito inferior à estimada até agora pelos cientistas, mas o material descartado seria mais duradouro, diz um estudo publicado nesta segunda-feira (7) por uma equipe de pesquisadores.

Publicado por
Agence France-Presse

De acordo com esse relatório, publicado na revista Nature Geoscience, há menos plástico nos mares do que se estimava até agora, mas mais detritos flutuantes.

Os autores calcularam que entre 470.000 e 540.000 toneladas de plástico acabam nos oceanos a cada ano – uma cifra que pode parecer descomunal, mas é bastante inferior às entre 4 e 12 milhões de toneladas estimadas até agora.

Em contrapartida, a quantidade de detritos plásticos flutuando no mar – cerca de 3,2 milhões de toneladas – seria muito maior do que a calculada hoje em dia.

“A maior parte da massa de plásticos está composta por grandes objetos” (de mais de 2,5 centímetros), que flutuam com mais facilidade, explicam os autores do estudo.

A boa notícia é que os objetos grandes na superfície são mais fáceis de serem coletados do que os microplásticos. A má, é que os plásticos permanecem muito mais tempo no oceano do que se pensava.

“Isso significa que levará mais tempo até que os efeitos das medidas de combate ao lixo plástico sejam visíveis”, destaca Mikael Kaadorp, da Universidade de Utrecht, autor principal do relatório.

“Será ainda mais difícil voltar à situação anterior e, se não agirmos agora, os efeitos serão notados durante muito mais tempo”, adverte.

Em fevereiro de 2022, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) adotou em Nairóbi o princípio de um tratado juridicamente vinculante para combater a poluição por plástico no planeta, em particular no meio marinho.

Durante uma segunda sessão de debates em Paris em maio de 2023, 175 países avaliaram opções que servirão de base para o próximo encontro de negociação em novembro no Quênia.

Leia também:

Este post foi modificado pela última vez em %s = human-readable time difference 16:38

Agence France-Presse

Posts recentes

Google se associa à Apptronik para desenvolver robôs humanoides

O Google DeepMind acaba de anunciar uma parceria estratégica com a Apptronik, uma empresa de…

20 de dezembro de 2024

Genesis: Um novo patamar para simulações físicas em IA

Uma equipe de pesquisadores de 20 laboratórios diferentes acaba de apresentar o Genesis, um motor…

20 de dezembro de 2024

Google lança seu próprio modelo de IA de “raciocínio”

O Google acabou de lançar o que está chamando de um novo modelo de inteligência…

19 de dezembro de 2024

GitHub Copilot agora é gratuito

A GitHub, de propriedade da Microsoft, acaba de anunciar um nível gratuito de seu Copilot…

19 de dezembro de 2024

ChatGPT ganha um novo número de telefone; veja

A OpenAI acaba de lançar uma nova maneira surpreendente de acessar o ChatGPT - através…

19 de dezembro de 2024

Google lança novo benchmark para testar a factualidade de LLMs

O Google DeepMind acaba de lançar o FACTS Grounding, um novo benchmark projetado para avaliar…

18 de dezembro de 2024