Racismo e discriminação atingem crianças em países do mundo todo

Todas as crianças - em todos os lugares do mundo - têm o direito a uma infância plena, com dignidade e respeito. Garantir uma infância livre de marginalização e exclusão é crucial para o bem-estar dos pequenos e pequenas e para o seu acesso aos serviços necessários, a fim de que eles possam sobreviver e prosperar. Todavia, um novo relatório do Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef) descreve como as crianças têm sofrido com o racismo e a discriminação. Confira.

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Isabella Caminoto

20 de novembro de 2022 12:22

O racismo e a discriminação contra crianças com base em sua etnia, idioma e religião são comuns em países de todo o mundo. A conclusão é do novo relatório do Unicef, publicado às vésperas do Dia Mundial da Criança, em 20 de novembro.

O estudo mostra até que ponto o racismo e a discriminação afetam a educação, a saúde, o acesso das crianças a um registro de nascimento e a um sistema de justiça igualitário, além das desigualdades entre minorias e grupos étnicos.

O que é racismo? Como ele ocorre e por que é importante combatê-lo?

Enquanto pretos e pardos são 54% da população brasileira, eles representam 84% dos mortos em ações policiais, de acordo com dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. A organização também revela que 2 a cada 3 pessoas encarceradas no país são negras. O racismo e a injúria racial se tornaram crime no Brasil há cerca de 30 anos. Mas, segundo especialistas, as formas de discriminação racial são diversas e fazem parte do cotidiano da sociedade. O Curto te explica quais são as principais formas de racismo e os conceitos que você precisa entender sobre a questão racial no Brasil.

Dentre várias constatações alarmantes, “Direitos negados: O impacto da discriminação nas crianças” (🇬🇧) revela – ao analisar 22 países de baixa e média rendas – que crianças de grupos étnicos, linguísticos e religiosos marginalizados estão muito atrás em capacidade de leitura. Em média, os alunos de 7 a 14 anos de grupos mais favorecidos têm o dobro de chances de apreenderem a ler do que os do grupo menos favorecido.