No Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil, marcado nesta segunda-feira (12), a comunidade internacional se une para combater esse problema. Apesar de uma redução substantiva do número de crianças que ainda trabalham, nas últimas duas décadas, atualmente, 160 milhões de meninas e meninos cumprem funções remuneradas ou não, segundo as Nações Unidas.
Segundo a ONU, os governos devem fornecer sistemas de proteção social para combater a pobreza e a insegurança, erradicando e prevenindo o trabalho infantil. A proteção social é um direito humano fundamental e uma política eficaz para evitar que as famílias recorram ao trabalho infantil em tempos de crise.
Em 2020, por exemplo, durante e antes da pandemia, apenas 46,9% da população mundial tinha acesso a pelo menos um benefício de previdência social. Isso significa que os outros 53,1%, um total de 4,1 bilhões de pessoas, estavam completamente desamparados.
De acordo com a ONU, cerca de três quartos das crianças, ou seja, 1,5 bilhão de pessoas, não têm qualquer amparo social.
A Organização Internacional do Trabalho IOIT) destaca que milhares de crianças ao redor do mundo têm formas de trabalho, remunerado ou não, que não são prejudiciais a elas. No entanto, quando uma criança é muito jovem para trabalhar ou realiza atividades que são prejudiciais ao seu desenvolvimento físico, mental, social ou educacional, isso caracteriza o trabalho infantil.
Neste 12 de junho, a (OIT) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) estão se concentrando em um relatório apresentado na 5ª Conferência Global sobre Trabalho Infantil, realizada em maio, que traz números de estudos realizados desde 2010.
São analisados casos de proteção social e como as famílias estão lidando com os impactos econômicos e de saúde, ao mesmo tempo em que combatem o trabalho infantil e promovem a educação em casa.
Nos países menos desenvolvidos, mais de uma em cada quatro crianças entre 5 e 17 anos é vítima do trabalho infantil, que é considerado prejudicial à saúde e ao desenvolvimento.
A África é a região com o maior número de casos, com 20% ou 72 milhões de crianças trabalhando. A Ásia e o Pacífico ocupam o segundo lugar, com 7% de todos os menores e um total de 62 milhões de crianças nessas condições.
Juntas, as regiões da Ásia-Pacífico e da África concentram quase 90% dos casos de trabalho infantil no mundo. As Américas têm 11 milhões de casos, a Europa e a Ásia Central têm 6 milhões, e os Estados Árabes têm 1 milhão.
Em termos de incidência, 5% das crianças trabalhadoras estão nas Américas, 4% na Europa e Ásia Central, e 3% nos países árabes.
(Fonte: ONU News)
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