O bilionário dono do Twitter, da SpaceX e da Tesla, Elon Musk, e o historiador Yuval Noah Hariri juntaram-se a centenas de especialistas mundiais em tecnologia que assinaram, nesta quarta-feira (29), um apelo para uma pausa de seis meses na pesquisa sobre Inteligências Artificiais (IAs) mais potentes do que o ChatGPT 4. O modelo da OpenAI foi lançado este mês. Os autores da petição alertam para "grandes riscos para a humanidade" casos as IAs não sejam controladas e fiscalizadas de maneira correta.
Na petição publicada no site futureoflife.org, os cientistas e estudiosos pedem o prazo para que sejam estabelecidos sistemas de segurança com novas autoridades reguladoras, vigilância de sistemas de IA, técnicas que ajudem a distinguir entre o real e o artificial e instituições capazes de fazer frente à “drama perturbação econômica e política (especialmente para a democracia) que a IA causará”.
O diretor da Open AI, dona do ChatGPT, Sam Altman, reconheceu ter “um pouco de medo” de que sua criação seja usada para “desinformação em larga escala, ou para ciberataques”.
“A empresa precisa de tempo para se adaptar”, disse ele recentemente à emissora ABCNews.
“Nos últimos meses, vimos os laboratórios de IA se lançando em uma corrida descontrolada para desenvolver e implantar cérebros digitais cada vez mais potentes que ninguém, nem mesmo seus criadores, podem entender, prever, ou controlar, de forma confiável”, dizem eles.
“Devemos permitir que as máquinas inundem nossos canais de informação com propaganda e mentiras? Devemos automatizar todos os trabalhos, incluindo os gratificantes? (…) Devemos nos arriscar a perder o controle da nossa civilização? Essas decisões não devem ser delegadas a líderes tecnológicos não eleitos”, concluem.
O cofundador da Apple, Steve Wozniak; membros do laboratório de IA do Google, o DeepMind; o diretor da Stability AI, Emad Mostaque, além de especialistas americanos em IA, acadêmicos e engenheiros-executivos da Microsoft, parceira da OpenAI, assinam o documento.
(Fonte AFP)
A petição e as preocupações contidas nela lembram uma clássica série de filmes de ficção científica iniciada na década de 1980, “O exterminador do Futuro”, que resultou também na série “As Crônicas de Sarah Connor”, onde homens guerreiam com uma Inteligência Artificial chamada Skynet, baseada em robótica.
Nas redes sociais, a comparação já vem sendo feita:
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