O TikTok e a Universal Music Group (UMG) chegaram a um acordo que permitirá o retorno de músicas e artistas de suas gravadoras, incluindo nomes como Olivia Rodrigo e Drake, ao aplicativo de compartilhamento de vídeos.
A maior empresa de música do mundo começou a remover conteúdo do TikTok em fevereiro, após um desentendimento sobre questões como remuneração de artistas e o uso de música criada por inteligência artificial (IA) na plataforma.
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Em um comunicado conjunto na quinta-feira (2), as empresas disseram estar trabalhando “expeditamente” para trazer a música dos artistas da UMG de volta ao TikTok. O acordo promete lidar com as preocupações sobre a IA generativa – tecnologia capaz de produzir áudio, imagem e texto altamente convincentes a partir de simples comandos de texto. O TikTok disse que trabalhará com a Universal para remover conteúdo não autorizado criado por IA.
“O TikTok e a UMG trabalharão juntos para garantir que o desenvolvimento de IA em toda a indústria musical proteja a arte humana e a economia que beneficia esses artistas e compositores”, afirmaram as empresas.
Um dos primeiros exemplos de música gerada por IA “deepfake” envolvia dois artistas da Universal, Drake e The Weeknd, na música “Heart on My Sleeve”. Lançada em abril do ano passado, a música foi retirada do TikTok, Spotify e YouTube. Na ocasião, a Universal alertou que a música gerada por IA sem aprovação estava “negando aos artistas a compensação devida”.
O acordo prevê melhores termos de pagamento para compositores e artistas da Universal, novas oportunidades de promoção para músicas e a implementação de “proteções líderes da indústria” em relação à IA.
O TikTok se tornou um canal vital para a indústria da música. Um quarto dos consumidores dos EUA afirma que escuta músicas que descobriu no TikTok. De acordo com a MIDiA Research, a plataforma de vídeos virais é onde os jovens norte-americanos entre 16 e 19 anos descobrem música com mais frequência, superando o YouTube e serviços de streaming como o Spotify.
Taylor Swift, artista da Universal, já havia autorizado o retorno de sua música ao TikTok porque detém os direitos autorais de seu trabalho, graças a um acordo de 2018 que lhe dá controle sobre onde suas músicas são disponibilizadas.
O aplicativo, de propriedade chinesa, tem mais de 1 bilhão de usuários em todo o mundo, incluindo 170 milhões nos EUA, onde seu futuro está incerto. O presidente Joe Biden assinou uma lei exigindo que a ByteDance, empresa sediada em Pequim e controladora do TikTok, venda as operações americanas do aplicativo ou enfrente um banimento.
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