Embora as etiquetas de roupas às vezes possam incômodas, aquele pedaço retangular dentro da sua camiseta é, na verdade, obrigatório pela lei do consumidor em muitos países. Ele deve informar algumas coisas sobre a roupa que você acabou de comprar, incluindo do que é feita, como cuidar dela e onde foi fabricada. À medida que a indústria da moda luta para reduzir seu impacto ambiental e comunicar essas medidas aos consumidores, há pedidos para que os rótulos das roupas sejam ainda mais detalhados.
“Precisamos realmente de uma etiqueta nutricional para roupas”, diz o CEO do Instituto de Pesquisa Têxtil e Vestuário de Hong Kong, Edwin Keh, ao The Guardian (*).
As etiquetas de vestuário do futuro provavelmente conterão tecnologia digitalizável – algumas já o fazem – para que o cliente possa aprender sobre toda a jornada da peça, desde a fazenda onde a lã ou o algodão foi cultivado, até quais produtos químicos, corantes ou acabamentos foram usados no processo de manufatura.
Mas até que as etiquetas de roupas de alta tecnologia estejam amplamente disponíveis, as etiquetas “made in” de hoje em dia podem apresentar algumas dicas sobre o impacto ambiental de uma peça de roupa.
De certa forma, o rótulo “made in” pode ser uma pista falsa sobre a origem de uma roupa. Isso porque ele apenas informa onde ocorreu o último processo, ou seja, onde ela foi cortada e costurada.
Além disso, de acordo com a Carta da Indústria da Moda para Ação Climática das Nações Unidas, a montagem é responsável por cerca de 9% das emissões totais de gases de efeito estufa de uma peça de vestuário, enquanto a produção de tecido é responsável por cerca de 31%.
Segundo o vice-presidente do Higg Index, Jeremy Lardeau, os principais impactos ambientais de uma peça de vestuário acontecem antes da sua montagem final: “nomeadamente a criação das matérias-primas (cultivo de algodão ou extração de petróleo bruto para sintéticos), processamento de materiais (fiação de fibras, tingimento e acabamento têxtil) e a fase de uso do consumidor (lavagem e secagem).
Com um pouco de conhecimento prévio, o tipo de roupa pode dizer algo sobre como ela foi feita.
Nos itens de malha, por exemplo, o processamento do fio deve ser realizado próximo ao local de montagem final – o que significa que o destino final da fabricação oferece algumas pistas sobre a origem do fio.
As roupas esportivas, por sua vez, são complexas de montar e, portanto, mais trabalhosas para fazer – mas podem ter um processo de fabricação mais eficiente em termos de energia. Especialistas afirmam que a China é “apenas mais rápida e melhor” na fabricação desses itens, podendo produzir roupas esportivas em larga escala.
Em última análise, para obter uma verdadeira compreensão da pegada ambiental de uma roupa, os consumidores precisam de informações específicas e transparentes sobre a cadeia de suprimentos – e muitos participantes da indústria da moda não descobriram como comunicar isso aos clientes.
Anota essa dica: Recursos como Good On You e Eco-Cult não são perfeitos, mas são um bom lugar para começar a explorar questões de moda e sustentabilidade.
Consumidores que investem em sua própria educação e alfabetização em relação à sustentabilidade na moda tomam um dos passos mais importantes em prol do planeta.
@curtonews À medida que a indústria da moda luta para reduzir seu impacto ambiental e comunicar essas medidas aos consumidores, há pedidos para que os rótulos das roupas sejam ainda mais detalhados.
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