Créditos da imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Quem é Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais no governo Lula

Alexandre Padilha aceitou o convite para ser ministro das Relações Institucionais no governo Lula, que tem início no dia 1º de janeiro de 2023. O médico e político é filiado ao PT e já havia ocupado o mesmo cargo no segundo mandato de Lula. Além disso, também foi ministro da Saúde no governo de Dilma Rousseff. O Curto te conta outros detalhes da trajetória de Alexandre Padilha.

Qual o papel do Ministério das Relações Institucionais?

Em um fio publicado no Twitter, Padilha explicou as principais funções das Relações Institucionais.

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“O ministério é responsável por fazer as relações do presidente com aquilo que chamamos de Governabilidade. Através do diálogo com governadores, prefeitos, Congresso Nacional e o Conselhão – o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, que junta empresários, sindicatos, agentes da cultura, movimentos sociais, etc. – vamos propor um debate para construção de consensos para o país. Queremos dialogar para construir consenso sobre como vamos enfrentar o problema da fome, do desemprego, da crise na saúde e educação. Como vamos retomar o papel ambiental do Brasil e criar um ambiente seguro pra quem quer investir”.

Quem é Alexandre Padilha?

  • Formado em Medicina pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) com especialização em Infectologia.
  • 1989 e 1994: membro da coordenação nacional das campanhas de Lula à presidência.
  • 2004: diretor de Saúde Indígena da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) no primeiro mandato de Lula.
  • 2005 a 2010: Secretaria de Relações Institucionais (SRI) da Presidência da República (primeiro como assessor e depois como ministro).
  • 2011 a 2014: ministro da Saúde do governo Dilma.
  • 2014: candidato a governador do estado de São Paulo; foi derrotado por Geraldo Alckmin.
  • 2015 a 2017: secretário municipal da saúde de São Paulo na gestão do prefeito Fernando Haddad.
  • 2018: eleito deputado federal.

Criação do programa Mais Médicos

O Mais Médicos foi lançado por Alexandre Padilha em meados de 2013 para agilizar a oferta de profissionais da saúde na rede pública. O programa contratava médicos recém-formados que aceitassem trabalhar em unidades de saúde no interior e em bairros periféricos; em troca, além do salário, eles receberiam bônus em provas de residência. Médicos que usaram empréstimos do Fies também poderiam abater parte das dívidas trabalhando em áreas carentes. (Jota)

O programa causou certa polêmica, já que entidades médicas alegaram a necessidade de revalidar o diploma dos estrangeiros contratados. Na época, Padilha argumentou que o programa era emergencial pela necessidade de cobrir áreas desatendidas e disse que todos os médicos passavam por treinamentos, além de receberem supervisão durante todo o programa.

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No mundo todo, é comum que diplomas médicos sejam revalidados por meio de provas teóricas e práticas, que atestam a capacidade do profissional de oferecer serviços médicos à população de um país diferente daquele em que foi expedido o diploma.

Alexandre Padilha chegou a ser, inclusive, declarado “persona non grata” pela Associação Médica Brasileira (AMB) e pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) por dispensar a revalidação dos diplomas.

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