Por isso, as respostas para esse movimento sórdido devem ser vigorosas e rápidas. A resposta que manda a lei, com a identificação e punição dos protagonistas desses atos. Inclusive e principalmente dos patrocinadores do movimento golpista, sejam eles quem forem – militares, autoridades, empresários e jornalistas. Jair Bolsonaro é obviamente o maior responsável por esses crimes e deve pagar por eles conforme manda a lei.
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Há também a resposta política, não menos importante. O governo Lula precisa com urgência buscar um leque político de apoio muito mais amplo do que o acenado até aqui. Precisa atrair grandes segmentos da sociedade brasileira que se sentem órfãos no atual cenário. Precisa abandonar dogmas e ressentimentos, e assumir, de fato, não apenas na figura de Lula, mas de todo o primeiro escalão, a postura de um governo de reconciliação nacional.
Tem também que abandonar velhas receitas econômicas que, repetidas vezes, se mostraram desastrosas e dar ouvidos para os argumentos e alertas dos agentes econômicos. A construção de uma ponte entre uma política econômica responsável, sem soluções populistas, com o combate à injustiça social pode parecer mais difícil, mas é o único caminho viável.
Com o apoio de um segmento mais amplo da sociedade e um rumo econômico no qual se possa vislumbrar um desenvolvimento sustentável, o governo Lula será capaz de calar gradualmente os setores que apoiam o golpismo. Se não, teremos mais tempos sombrios pela frente.
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