O primeiro algoritmo desse tipo exclusivamente brasileiro foi apelidado de CAETÊ, que na língua tupi-guarani significa “mata virgem”. O nome vem da sigla Carbon and Ecosystem functional-Trait Evaluation model (em tradução livre: modelo para avaliação de características funcionais de carbono e de ecossistema). Seus primeiros resultados estão descritos em artigo publicado na revista científica Ecological Modelling.
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O CAETÊ simula fenômenos da natureza usando equações matemáticas alimentadas por dados de condições ambientais, como chuva, incidência solar e níveis de CO2. Com essas informações, o algoritmo responde qual pode ser a taxa de fotossíntese em determinadas condições ou em qual parte a planta estocará mais carbono (raízes, folhas ou troncos). Por meio dessa informação, é possível chegar à quantidade de carbono que a floresta pode armazenar e em qual ponto a vegetação nativa não se recupera mais.
“O principal resultado da pesquisa foi mostrar que a inclusão da diversidade em modelos de vegetação melhora a capacidade de projeção frente às mudanças climáticas, aumentando a credibilidade. E o segundo ponto, um resultado inesperado, mostra que, após aplicar uma redução de 50% na precipitação, houve um aumento na diversidade de estratégias das plantas, mas com menor retirada de carbono da atmosfera. Isso pode ter um resultado diferente sobre a mitigação das mudanças climáticas. Neste caso, aumentar a diversidade necessariamente pode não indicar um saldo positivo”, afirma Bianca Fazio Rius, primeira autora do artigo.
(Com Agência FAPESP)
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